Atendimento

Comunicamos que a partir do dia 10/08, esta semana portanto, não será mais necessário fazer agendamento através de WhatsApp para atendimento, sendo indispensável levar um documento com foto para ser apresentado no balcão de senhas.

Às quintas feiras os portões fecham 19:30h e aos sábados às 08:30h, não sendo permitida a entrada após esse horário.

A senha de atendimento continuará sendo fornecida antes do início do Trabalho, conforme a disponibilidade e capacidade de atendimento de cada gira, cujo controle, escolha e distribuição é da responsabilidade dos Fiscais da recepção.

Os protocolos sanitários devem ser mantidos, pois ainda estamos sujeitos às mais diversas viroses e doenças oportunistas.

Nota de falecimento

Queridos Irmãos,

Por meio deste, comunicamos o falecimento do nosso irmão Ademir Correia, hoje, 22/10/2021.

O velório acontecerá no Cemitério da Paz, dia 23/10/2021 às 16h na sala 05. O cemitério está localizado na Rua Dr. Luiz Migliano, 644 – Jardim Vazani, São Paulo – SP. O sepultamento ocorrerá às 17h.

Por conta do cenário atual importantes lembretes:
– permitido apenas 10 pessoas dentro do salão;
– evite contato físico;
– uso de máscara obrigatório.

A família comunica que: “Entendemos o momento que vivemos, caso não se sinta confortável por estar presente, recebemos suas preces e carinho a distância.”

Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André

Fonte Viva

Emmanuel, orientador espiritual de Chico Xavier, instrui e encanta, edifica e consola na sua linguagem singela e arrebatadora, mansa e persuasiva, plena de espiritualidade e beleza. A coleção Fonte viva constitui valiosa fonte auxiliar de esclarecimento nos estudos dos textos evangélicos e instrumento essencial para aperfeiçoarmos os nossos sentimentos, afinando-nos com as lições de humildade e amor ministradas e exemplificadas por Jesus. “Ensina-nos a encontrar a paz na luta construtiva, o repouso no trabalho edificante, o socorro na dificuldade e o bem nos supostos males da vida.” (Fonte: Amazon)
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Mensagens

Caboclos

Ciganos

Preto velho

Crianças

Exú

Pomba Gira

Boiadeiros

Marinheiros

Baianos

Exú Mirins

Egunitá

Jurema

Nanã

Oxalá

Ogum

Oxóssi

Iançã

Xangô

Oxum

Yemanjá

Oiá

Omulú

Obá

Tempo

Abaluaê

Oxumarê

Defumação

Seara dos Médiuns

Por meio da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito Emmanuel destaca a necessidade de estudo de O livro dos médiuns, publicação que integra a coleção de obras básicas da Doutrina Espírita, organizada por Allan Kardec.Com mensagens e instruções recebidas e selecionadas em reuniões mediúnicas, o autor espiritual desenvolve temas como a conduta do médium e a educação da mediunidade, além de outros assuntos sempre pertinentes aos estudantes do Espiritismo. Traz comentários que mostram a força do conhecimento como meio para romper preconceitos, superstições e fanatismos, tradicionalmente existentes em diversas religiões. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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O que é o espiritismo

Obra sempre atual, útil aos adeptos da Doutrina Espírita, como também àqueles que desejam conhecer a natureza do Espiritismo e a definição de seus pontos fundamentais. A lógica e o bom senso de Allan Kardec aí se evidenciam, desconcertando os negativistas e clareando as indagações dos que acreditam e aspiram à vida superior. Divide-se em 3 capítulos: O primeiro, sob a forma de diálogos com um crítico, um céptico e um padre, traz respostas àqueles que desconhecem os princípios básicos da Doutrina, bem como apropriadas refutações aos seus contraditores. O segundo capítulo, expõe partes da ciência prática e experimental, caracterizando-se como um resumo de O Livro dos Médiuns. No terceiro capítulo, é publicado o resumo de O Livro dos Espíritos, com a solução, apontada pela Doutrina Espírita, de problemas de ordem psicológica, moral e filosófica. Contém também a biografia de Allan Kardec, por Henri Sausse. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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Obras póstumas

Obra publicada após a desencarnação de Allan Kardec, apresenta, no começo, bem escrita biografia do Codificador, seguida do discurso que Camille Flammarion pronunciou quando do seu sepultamento. Reunindo importantes registros deixados por Allan Kardec, acerca de pontos doutrinários e fundamentação do Espiritismo, divide-se este trabalho em duas grandes partes. A primeira aborda assuntos como: caráter e conseqüências religiosas das manifestações dos Espíritos; as cinco alternativas da Humanidade; questões e problemas; as expiações coletivas; liberdade, igualdade, fraternidade; música espírita; a morte espiritual; a vida futura A segunda inclui apontamentos em torno da iniciação espírita e o roteiro missionário de Kardec, assim como uma “exposição de motivos”, apresentada na “Constituição do Espiritismo”, como precioso legado do mestre lionês às sociedades espíritas do futuro. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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A gênese

É uma das cinco obras básicas da Codificação do Espiritismo. É um livro que, conhecido e estudado, proporciona uma oportunidade excepcional de imersão em grandes temas de interesse universal, abordados de forma lógica, racional e reveladora. Divide-se em três partes: Na primeira parte, analisa a origem do planeta Terra, de forma coerente, fugindo às interpretações misteriosas e mágicas sobre a criação do mundo; Em sua segunda parte, aborda a questão dos milagres, explicando a natureza dos fluidos e os fatos extraordinários contidos no Evangelho; Na terceira parte enfoca as predições do Evangelho, os sinais dos tempos e a geração nova, que marcará um novo tempo no Mundo com a prática da justiça, da paz e da fraternidade. Os assuntos apresentados nos dezoito capítulos desta obra têm como base a imutabilidade das grandiosas Leis Divinas. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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O céu e o inferno

Esta é uma das cinco obras básicas que compõem a Codificação do Espiritismo. Seu principal escopo é explicar a Justiça de Deus à luz da Doutrina Espírita. Objetiva demonstrar a imortalidade do Espírito e a condição que ele usufruirá no Mundo Espiritual, como conseqüência de seus próprios atos. Divide-se em duas partes: A primeira, estabelece um exame comparado das doutrinas religiosas sobre a vida após a morte. Mostra fatos como a morte de crianças, seres nascidos com deformações, acidentes coletivos e uma gama de problemas que só a imortalidade da alma e a reencarnação explicam satisfatoriamente. Kardec procura elucidar temas como: anjos, céu, demônios, inferno, penas eternas, purgatório, temor da morte, a proibição mosaica sobre a evocação dos mortos, etc. Apresenta, também, a explicação espírita contrária à doutrina das penas eternas. A segunda parte, resultante de um trabalho prático, reúne exemplos acerca da situação da alma durante e após a desencarnação. São depoimentos de criminosos arrependidos, de espíritos endurecidos, de espíritos felizes, medianos, sofredores, suicidas e em expiação terrestre. Livros da Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, 1857; O Livro dos Médiuns, 1861; O Evangelho segundo o Espiritismo, 1864; O Céu e o Inferno, 1865; A Gênese, 1868. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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O livro dos médiuns

“O Livro dos Médiuns” é uma das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina Espírita. Reúne “o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o mundo invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os tropeços que se podem encontrar na prática do Espiritismo”. Apresenta ainda, na parte final, precioso vocabulário básico espírita. De leitura e consulta indispensável para os espíritas, será sempre uma preciosa fonte de conhecimento também para qualquer pessoa indagadora e atenta ao fenômeno mediúnico, que se manifesta crescentemente no mundo inteiro, dentro ou fora das atividades espíritas. Sendo os homens parte integrante do intercâmbio entre os dois planos da vida o material e o espiritual, o melhor é que conheçamos, e bem, os mecanismos desse relacionamento. “O Livro dos Médiuns” é o manual mais seguro para todos os que se dedicam às atividades de comunicação com o Mundo Espiritual. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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O livro dos espíritos

Dos cinco livros fundamentais que compõem a Codificação do Espiritismo, este foi o primeiro, reunindo os ensinos dos Espíritos Superiores através de médiuns de várias partes do Mundo. Ele é o marco inicial de uma Doutrina que trouxe uma profunda repercussão no pensamento e na visão de vida de considerável parcela da Humanidade, desde 1857, data da primeira edição francesa. Estruturado em quatro partes e contendo 1.019 perguntas formuladas pelo Codificador, aborda os ensinamentos espíritas, de uma forma lógica e racional, sob os aspectos científico, filosófico e religioso. Independentemente de crença ou convicção religiosa, a leitura de “O Livro dos Espíritos” será de imenso valor para todos, porque trata de Deus, da imortalidade da alma, da natureza dos Espíritos, de suas relações com os homens, das leis morais, da vida presente, da vida futura e do porvir da Humanidade, assuntos de interesse geral e de grande atualidade. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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O evangelho segundo o espiritismo

“O Evangelho segundo o Espiritismo” é um dos cinco livros que constituem o corpo doutrinário do Espiritismo. “O Evangelho segundo o Espiritismo” é o ensino moral do Cristo Jesus para os cristãos de qualquer crença, desenvolvido pelos Espíritos de Luz em comunicações mediúnicas recolhidas, organizadas, comentadas e trazidas a público pelo Codificador Allan Kardec. Se o leitor é cristão, leia com aplicação o ensino moral do Mestre Jesus para a Humanidade sofredora e dê-se conta de conteúdos que talvez nunca antes tenha percebido, ou compreendido plenamente. Se não é cristão, mas um espírito indagador, leia com respeito a orientação desse Espírito divino, dada há dois mil anos e sempre atual, em seu caráter educativo, motivador e consolador. (Fonte: Federação Espírita Brasileira)
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Obaluaê

Senhor Obaluaê…

Senhor rei da terra!

Médico da umbanda.

Senhor da cura de todos os males do corpo e da alma.

Nesse momento, suplico que impeça meu senhor,

que algumas doenças se instale em meu organismo.

Que sua bênçãos e sua luz me acobertem,

fortalecendo meu corpo, minha mente e minha alma

com saúde, paz e prosperidade.

Faz-me, senhor do trabalho,

um filho de bom ânimo

e disposição para triunfar

na luta pela sobrevivência.

Perdoe meus erros minhas faltas.

Abra meus caminhos e ilumine minha vida

com seu raio de amor e luz.

Vós que sois pai da riqueza e da bem-aventurança.

Faz-me digno de merecer,

todos os dias e todas as noites,

vossas bênçãos de luz e misericórdia.

Atotô meu Pai Abaluaê…

Sua bênçãos Atotô Babá!

Xangô

Salve Xangô!

Orixá de grande força e harmonia.

Protetor dos injustiçados

e advogados das boas causas.

Pedimos que nos envie um raio de luz

e uma faísca de seu incomensurável poder,

a fim de abrandarmos a violência

de nossas manifestações de ódio e de rancor

contra os nossos semelhantes.

Mostrai-nos o caminho certo

para cumprirmos a missão

que foi determinada pelo Pai.

Se nossos erros ou nossas faltas nos desanimarem,

deixai-nos sentir a sua presença,

para seguir suas pegadas

no caminho da fé e da caridade,

para que assim possamos levar a Sua Justiça

por toda e eternidade.

Assim seja!

São Miguel Arcanjo

Bendito e Glorioso São Miguel Arcanjo,

rogai a Deus por nós,

para que o Pai Supremo perdoe as nossas faltas.

Permitais que sejamos ajudados pelos bons espíritos,

a fim de que possamos suportar com calma e paciência

as provações da vida terrena.

Livrai-nos da perseguição dos nossos inimigos,

dos que querem a nossa destruição a qualquer preço.

Que a Vossa Luz e o Vosso Sublime Amor sejam, para nós,

um escudo poderoso contra as tentações e contra a vaidade.

Ajudai-nos, com os Vossos Mensageiros,

a arrancar de nossa alma as imperfeições

que não nos permitem admitir a grande verdade

em toda a sua plenitude.

Auxiliai-nos, para que possamos progredir espiritualmente,

impregnai nossos corações de sentimentos nobres e altruísticos.

Curai, com os Vossos fluídos balsâmicos,

os males do nosso corpo.

Glorioso São Miguel Arcanjo,

pelos Vossos mensageiros,

ajudai-nos a vencer as lutas da vida material.

Aclarai os nossos espíritos,

fortalecei a nossa fé e aumentai em nós,

os sentimentos de caridade, justiça, amor e piedade.

Assim seja!

São Francisco de Assis

Senhor…Fazei de mim um instrumento de tua paz!

Onde haja ódio, consenti que eu leve o amor.

Perdão, onde haja ofensa.

Fé, onde haja dúvida.

Esperança, onde haja desespero.

Luz, onde haja escuridão.

Ó Divino Mestre…

Não permita que eu procure tanto ser consolado, quanto consolar.

Ser amado, quanto amar.

Ser compreendido, quanto compreender.

Porque é dando, que se recebe.

É perdoando, que se é perdoado.

E é morrendo, que nascemos para a vida eterna.

Assim seja!

Salve Rainha

Salve Rainha…

Mãe misericordiosa,

vida, doçura e esperança nossa, salve!

A vós brandamos os degredados filhos de Eva.

A vós suspiramos, gemendo e chorando

neste vale de lágrimas.

Eia pois, advogada nossa,

esses vossos olhos misericordiosos a nós volvei.

E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus,

bendito fruto de vosso ventre.

Ó clemente!

Ó piedosa!

Ó doce sempre, Virgem Maria!

Rogais por nós Santa Mãe de Deus.

Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Assim seja!

Prece da Manhã

Senhor…

No silêncio deste dia que amanhece,

Venho pedir-te a Paz, a Sabedoria, a Força.

Quero ver hoje o mundo com os olhos cheios de amor.

Ser paciente, compreensivo, manso e prudente.

Ver além das aparências teus filhos,

Como Tu mesmo os vês.

E assim, não ver senão o bem em cada um.

Cerra meus ouvidos a toda calúnia.

Guarda minha língua de toda a maldade.

Que só de bênçãos se encha meu espírito.

Que eu seja tão bondoso e alegre,

Que todos quantos se achegarem a mim,

Sintam sua presença.

Reveste-me de tua beleza, Senhor,

E que, no decurso deste dia,

Eu Te Revele a Todos.

Assim seja!

São Jorge

Jesus adiante, paz e guia.

Encomenda-me a Deus,

à Virgem Maria, minha mãe,

e aos Doze Apóstolos, meus irmãos.

Andarei dia e noite com meu corpo

coberto, circulado pelas tuas armas,

meu glorioso São Jorge.

O meu corpo não será preso, nem ferido,

nem meu sangue derramado.

Andarei tão protegido como andou

Jesus Cristo no ventre da Virgem Maria.

Meus inimigos terão olhos e não me verão.

Terão boca e não me falarão.

Terão pés e não me alcançarão.

Terão mãos e não me ofenderão.

Com tuas graças, Glorioso São Jorge.

Assim seja!

Ns. Sra. de Santana

Salve a Senhora de Santana!

Salve Nana Boroquê!

Abençoa os nossos filhos,

Que também são filhos de Jesus.

Vem e nos conduz,

Pelos caminhos da luz.

Com fé, amor e alegria.

Oh! Mãe da Virgem Maria.

Assim seja!

Nanã Boroquê

Nana Boroquê…

Mãe dos Orixás…

Protetora da Umbanda…

Protetora dos lares…

Com vibrações de harmonia, amor e paz,

Incute em nossos atos,

O reflexo do vosso imensurável amor.

Daí-nos fé, confiança e calma.

Semeai a nossa estrada de experiências luminosas.

Nós queremos ser humildes,

Ajuda-nos Nanã Boroquê.

Que as vibrações desprendidas de nossos corações

sejam dignas da vossa Santa Filha, Mamãe Oxum.

Assim seja!

Iemanjá

Ó Doce, meiga, mãezinha.

Vós permitistes que no seio de vossa morada,

se formassem as primitivas formas de vida,

que foram o braço de toda criação,

de toda natureza e de toda a humanidade,

aceitai nossas preces de reconhecimento e de amor.

Ó visão divina e celestial!

Que os lampejos que emanam de vosso diáfano manto de estrelas venham,

como benéficas vibrações espirituais

aliviar os nossos males, curar os doentes,

apaziguar os nossos irmãos irados, consolar os corações aflitos.

Que as humildes flores que depositamos a teus pés sejam por Vós aceitas e,

quando entrarmos em tuas águas,

sejam as ondas do mar portadoras de vossos fluídos divinos.

Fazei, Senhora Rainha das Águas,

com que a espuma das ondas em sua alvura imaculadas

traga-nos a presença de Oxalá,

limpe os nossos corações de todas as maldades e malquerenças.

Que os nossos corações possam ser tocados por vossas águas sagradas

e que nossos corpos libertem-se em cada onda que passa,

de todos os males materiais e espirituais.

Que a primeira onda a nos tocar

afaste de nossas mentes todos os eventuais desejos de vingança.

Que a segunda onda lave nossos corações

e nosso espírito, para que não nos atinjam infâmias

e mal querenças de nossos desafetos.

Que a terceira onda afaste a vaidade de nossos corações.

Que a quarta onda lave nosso corpo de todos os males e doenças físicas

para que sadios possamos prosseguir.

Que a quinta onda afaste de mossa mente a ganância e a cobiça.

Que a sexta onda venha carregada de flores

e que nosso maior desejo seja o de cultivar o amor fraternal

que deve existir entre todos os homens.

E que ao passar a sétima onda,

nós, puros e limpes de mente, corpo e alma,

possamos ver, ainda que por alguns segundos,

o esplendor de vossa radiosa imagem.

É o que humildemente vos suplicamos filhos de Umbanda.

Olhe pro esta pequena aldeia Mãezinha,

para que possamos descobrir o verdadeiro ensinamento de Oxalá,

através da caridade pura.

Salve Iemanjá – a doce Iabá!

Iansã

Iansã, guerreira no espaço e no tempo,

justiça seja feita com sua espada sagrada.

Que nenhum mal ou perversão

adentre em nossos corações.

Que os fortes ventos que trazes,

possam varrer o orgulho e a vaidade.

Que a força dos relâmpagos,

que as águas da tempestade,

possam lavar nossa alma,

purificando nossos pensamentos.

ó Grande Guerreira dos Orixás,

que a vossa luz esteja sempre sobre nós.

E que o seu amor

possa vencer todas as batalhas!

Assim seja!

Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos céus
Na luz dos sóis infinitos
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus
Santificado Senhor
Seja teu nome sublime
Que em todo universo exprime
Concórdia, ternura e amor.
Venha ao nosso coração
O teu reino de bondade
De paz e de caridade
Na estrada da redenção
Cumpra-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra
Nos céus como em toda a terra
De lutas e sofrimentos
Evita-nos todo mal
Dai-nos o pão no caminho
Feito na luz, no carinho
Do pão espiritual
Perdoa-nos meu Senhor
Os débitos tenebrosos
De passados escabrosos
De iniquidade e e de dor
Auxilia-nos também
Nos sentimentos cristãos
A amar nossos irmãos
Que vivem longe do bem
Com a proteção de Jesus
Livrai nossa alma do erro
Neste mundo de desterro
Distante da vossa luz
Que a vossa ideal Igreja
Seja o altar da caridade
Onde se faça a vontade
Do vosso amor
Assim seja!

Oxóssi

Ó Mártir de Embaluaê…

Cheio de graça e divinal prazer…

Livrai-nos Senhor, dos males que vem sobre a terra,

Livrai-nos todos da fome, peste e guerra.

Sendo Senhor vós nosso guia,

Dai-nos Senhor a vossa luz,

Para iluminar o caminho, para chegarmos a Jesus.

Ó Mártir de Embaluaê…

Cheio de graça e divinal prazer,

Livrai-nos Senhor, dos males que vem sobre a terra,

Livrai-nos todos da fome, peste e guerra.

Arriai neste terreiro,

Tem de nós todos compaixão,

Dai-nos Senhor, força e coragem,

Para passarmos as provações.

Assim seja!

Oxalá

Salve Oxalá, força divina do amor,

exemplo vivo de abnegação e carinho.

Nós vos rogamos, ó bondoso Mestre,

a Vossa proteção para que possamos sentir

em nossos corações, cada vez mais viva,

a chama do nosso amor por Deus

e por todas as suas criaturas.

Derramai Vossa benção por todos nós

e especialmente por sobre aqueles

que se encontram recolhidos ás casas de saúde,

manicômios e penitenciárias,

por sobre todos os que nascem neste momento,

e ainda muito especialmente

pelos que desencarnaram e se dirigem, já em espírito,

ao mundo invisível, para o ajuste de contas.

Proteção ó Pai Oxalá…força e proteção!

Para todos aqueles

que palmilham o caminho do bem

e misericórdia para que os que vivem no mal e para o mal,

esquecidos de si próprios.

Assim seja!

Serenidade

Concedei-me, Senhor

a serenidade necessária,

para aceitar as coisaS

que não posso modificar.

Coragem para modificar

aquelas que posso

e Sabedoria para conhecer

a diferença entre elas.

Vivendo um dia de cada vez;

Desfrutando um momento de cada vez;

Aceitando que as dificuldades

constituem o caminho à paz.

Aceitando, como Ele aceitou,

Este mundo tal como é,

e nãO como eu queria que fosse;

Confiando que Ele Acertará tudo

Contanto que eu me entregue à Sua vontade.

Para que eu seja

razoavelmente feliz nesta vida

E supremamente Feliz com Ele

eternamente na próxima.

Assim seja!

Arcanjo Gabriel

Arcanjo Gabriel…

Consolo de Deus pelos raios da lua,

invoco a tua hoste divina.

Estende-me tuas luzes e faze clara a minha senda;

Diante do tropeço, soerguei-me;

Diante da perda de minhas energias,

ensina-me o caminho de volta.

Que eu possa outra vez, sentir o amor de Deus,

apenas contemplando tudo o que me cerca

e assim, alimentar-me da energia universal.

Que possas me reconduzir à corrente nutritiva de energia da vida.

Seja eu contigo em sintonia, agora e para todo sempre.

Assim seja!

Oxum

Saravá Mamãe Oxum!

Saravá protetora dos velhos, crianças e desamparados.

Estendei Vosso Manto sobre as nossas cabeças.

Dai-nos forças para não cairmos

extenuados pelo cansaço e pelo desânimo.

Dai-nos forças para não nos perdermos

nos caminhos da ingratidão e da descrença.

Amparai-nos com o Vosso poder,

para que não nos enveredemos

pelas estradas escuras do pecado, da ambição, do ódio e da maldade.

Afastai de nosso coração o sentimento de vingança.

Dai-nos forças para sabermos perdoar os que nos ofendem,

os que nos insultam, os que nos perseguem e os que humilham.

A vós Mamãe Oxum, que sois o reflexo divino

da Excelsa Nossa Senhora da Conceição,

erguemos as nossas preces em agradecimento

pelas bênçãos que iremos receber

através da Vossa interseção junto a Pai Oxalá.

Nas águas das cachoeiras, nos lagos e nos rios,

a Vossa força irradia proteção e luz para os sofredores,

os enfermos e os angustiados.

Ajoelhamo-nos ate o Vosso Manto luminoso

e suplicamos com toda a nossa fé

que não nos abandoneis nas horas de aflição e amargura.

Dai-nos maleime pelas nossas faltas.

Perdoai os nossos erros e as nossas omissões.

Lançai o esplendor da Vossa luz em nossos caminhos para que nossa

humildade se transforme em força, a fim de chegarmos até Vós.

Sarava Mamãe Oxum!

Salve Nossa Senhora da Conceição!

Ogum

Salve Ogum!

Bravo guerreiro que comanda as lutas e as guerras.

Suplicamos que destrua com sua sagrada e invencível lança

os nossos desejos mesquinhos

e afaste os maus fluidos que nos cercam.

Livrai-nos de enfermidades e infelicidades.

Protegei-nos com sua espada

contra as maldades e demandas

que nossos inimigos nos desejam.

Que eles possam ser vencidos facilmente.

Pedimos que nos envie sua poderosa falange protetora

contra todos que procuram nos impedir

de praticar o bem e a caridade.

Ajudai-nos agora e sempre,

para que a bandeira da bondade e do amor

nunca seja vencida.

Assim seja!

Credo

Creio em Deus-Pai, todo poderoso,

criador do céu e da terra

e em Jesus cristo seu único filho, Nosso Senhor,

que foi concebido pelo poder do Espírito Santo.

Nasceu da Virgem Maria,

Padeceu sob Pôncio Pilatos,

Foi crucificado, morto e sepultado,

desceu a mansão dos mortos,

ressuscitou ao terceiro dia,

subiu aos céus e está sentado à direita de Deus-Pai todo poderoso,

de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo,

na Santa Igreja,

na comunhão dos Santos,

Na remissão dos pecados,

na ressurreição da carne,

na vida eterna,

Amém.

Cáritas

Deus, nosso Pai, que sois todo poder e bondade, daí forças aqueles que passam pela provação, daí luz àqueles que procuram a verdade, ponde no coração do homem a compaixão e a caridade!

Deus! Dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.

Pai! Daí ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, ao órfão o pai.

Senhor! Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.

Piedade, Senhor, para aquelas que Vos não conhecem, esperança para aqueles que sofrem.

Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé!

Deus! Um raio, uma centelha do Vosso amor pode iluminar a terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. Um só coração, um só pensamento subirá até Vós como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh! Bondade, oh! Beleza, oh! Perfeição, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa misericórdia.

Deus, daí-nos força, ajudai o nosso progresso, a fim de subirmos até Vós; daí-nos a caridade pura, a humildade; daí-nos a fé e a razão, daí-nos a simplicidade, que fará de nossas almas o espelho onde se há de refletir a Vossa Divina Imagem!

Assim seja!

Anjo da Guarda

Inseparável companheiro meu,

que foste destinado a acompanhar-me,

segundo a vontade de Deus,

na jornada da vida terrena.

Meu fiel protetor, dou-te muitas graças

por me seguires instantemente,

livrando-me de todos os perigos

e tentações do mundo!

Preserva-me do pecado e da desgraça,

coloca-me no caminho do céu

e apresenta ao Supremo Criador e Pai

as minhas obras meritórias,

as minhas orações, os meus sofrimentos e aflições,

e faze que na Santíssima Graça

eu passe desta à vida eterna!

Assim seja!

Prece ao Alto

Pai Supremo, Senhor Jesus, Imaculada Virgem

e todos os Santos da Sagrada Corte Celestial dos seres e das coisas.

Quem vos chama, quem vos pede proteção neste momento

é vosso humilde servo que por Vós foi criado e por Vós é amparado.

Ajoelho-me contrito e peço-vos que me livreis da tirania

e da perseguição dos maus; que a maldade não me atinja.

Que os meus inimigos não me encontrem, não me vejam e não me firam

com os dardos da inveja, da calúnia e do despeito.

Que todo o mal seja desviado e que meu corpo e minha alma

sejam protegidos pelo Pai Supremo.

Que meus pensamentos sejam purificados pela Virgem Maria,

e que eu tenha no peito e nas costas a proteção de Jesus.

À minha direita a proteção do Arcanjo São Gabriel;

à esquerda a proteção do Arcanjo São Rafael.

Em todo meu corpo a proteção do meu Guardião São José

que vela por mim, não permitindo que meus inimigos me atinjam.

Que as vibrações Sagradas do Pai Supremo,

Oxalá Grande Mestre, meu Guia e Protetor,

permaneçam no meu coração e purifiquem meus pensamentos

na Graça da Virgem Maria e do Seu Filho Jesus!

Assim seja!

Corona Vírus

Em nome de nosso babalaôrixá, Marcelo Magrini, comunicamos que as giras estão suspensas por conta da pandemia do novo Corona Vírus – COVID-19. Nosso recesso anual de julho, portanto, foi adiantado e começa a valer a partir de hoje, 16/03/2020. Acompanhem nossos canais de comunicação oficiais no Whatsapp, Facebook e Instagram para novas notícias e acompanhamento do desenrolar do caso.

A vocês irmãos, o Pai Marcelo pede que mantenhamos calma e cautela. Passamos por um momento de pandemia, porém, não se apavorem. Mantenham as regras de amor ao próximo, higiene pessoal dentro e fora de casa.

Lembrem-se sempre: orai e vigiai. Mantenham seus pensamentos em nosso Senhor Jesus Cristo e fiquem em paz.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Prevenção

Boa noite irmãos de fé. Em nome de nosso babalaôrixá, Marcelo Magrini, comunicamos que as giras estão mantidas até segunda ordem. Teremos, portanto, as giras de caboclo nesta sexta (13/03) e sábado (14/03) normalmente. Acompanhem nossos canais de comunicação oficiais no Whatsapp, Facebook e Instagram para possíveis novas notícias.

A vocês irmãos, o Pai Marcelo pede que mantenhamos calma e cautela. Passamos por um momento de pandemia, porém, não se apavorem. Mantenham as regras de amor ao próximo, higiene pessoal e dentro e fora de casa.

As doenças virais, também conhecidas como viroses, são causadas por vírus, como o próprio nome indica. Algumas delas são dengue, caxumba, sarampo, catapora, resfriado, gripe, febre amarela e zika. Várias delas são muito comuns, como é o caso de gripes e resfriados. Algumas doenças relativamente comuns podem ser evitadas com medidas bastante simples como:
* Lave as mãos com frequência, com agua e sabão ou então higienize com álcool em gel 70%
* Ao tossir ou espirrar, cubra nariz e boca com lenço ou com braço, e não com as mãos
* Se estiver doente, evite contato físico com outras pessoas e fique em casa até melhorar
* Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
* Não compartilhe objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas, pratos e copos.
* Evite aglomerações e mantenha os ambientes ventilados

Pessoas que estiverem dentro do grupo de risco, se considerarem adequado, devem faltar às giras. São elas:
* Adultos com mais de 60 anos debilitados com doenças respiratórias ou cardiopatas
* Pessoas com doenças preexistentes, como diabetes e cardiopatias
* Pessoas com doenças autoimunes;
* Pessoas em tratamento (quimioterapia);
* Pessoas imunossuprimidas.

O coronavírus é similar a uma gripe. Geralmente é uma doença leve ou moderada, mas alguns casos podem ficar graves. Os sintomas mais comuns são:
* Coriza
* Tosse
* Dor de garganta

Nos casos mais graves, a pessoa apresenta:
* Febre alta
* Pneumonia
* Insuficiência respiratória aguda

Os sintomas podem aparecer entre 1 e 12 dias após a exposição ao vírus. Se tiver esses sintomas, procure auxílio médico imediatamente.

Lembrem-se sempre: orai e vigiai. Mantenham seus pensamentos em nosso Senhor Jesus Cristo e fiquem em paz.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Empréstimos

Prezados filhos de fé e senhores assistentes:

É expressamente proibido a realização de empréstimo financeiro entre os irmãos de fé desta Casa, quer sejam médiuns da corrente ou assistentes – TANTO PEDIR QUANTO EMPRESTAR.

A Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André, sua presidência e nosso dirigente espiritual Pai Marcelo não se responsabilizam pela idoneidade dos filhos de fé e a Casa não pode ser responsabilizada por atitudes pessoais de seus integrantes. Nosso regulamento interno, de ciência de todos os filhos de fé no Caderno número 01, página 8, item 8, no inciso 2, publicado em 1998 orienta:

8.) Obedecer as seguintes PROIBIÇÕES:

2.) Empréstimos financeiros entre os membros da corrente;

Recordamos ainda, que a nossa Casa conta com o Fundo de Auxílio, que é destinado a amparar os filhos em situações difíceis, provendo as necessidades mais prementes.

Contamos com a compreensão e colaboração de todos.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Nota de falecimento

Queridos Irmãos,

Por meio deste comunicado, confirmamos em nome da Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André, o falecimento de nossa querida irmã Maria de Fátima Menezes Tanus (Mariazinha) no dia de hoje, 27/09/2019.

O velório será a partir das 10h de hoje no Cemitério São Pedro (Vila Alpina).

A cremação será hoje às 15h no Crematório da Vila Alpina.

As giras de caridade e homenagem às Crianças de hoje (27/09) e amanhã (28/09) ocorrerão normalmente.

Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André

Greve dos ônibus

ATENÇÃO!

Devido à greve parcial dos ônibus na cidade, a gira de hoje (06/09) está CANCELADA!

A gira de amanhã (07/09) está mantida.

Continue acompanhando nossa página no Facebook, grupo no WhatsApp e site para receber os comunicados de eventuais cancelamentos.

REPASSEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS QUE FREQUENTAM A CASA.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Recesso anual

A Casa não funcionará do dia 07/07/2019 ao dia 23/07/2019 devido ao recesso anual.

Greve geral

ATENÇÃO!

Devido a previsão de greve geral e a situação emergencial que podem se encontrar a cidade e os transportes, a gira de sexta (14/06), está CANCELADA!

As giras de hoje (12/06) e sábado (15/06) estão mantidas até segunda ordem.

Continue acompanhando nossa página no Facebook e site para mais informações em breve e para acompanhar as novas decisões diante dos acontecimentos.

REPASSEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS QUE FREQUENTAM A CASA.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Final de ano

A Casa não funcionará ado dia 23/12/2018 ao dia 08/01/2019 devido ao recesso de final de ano. Boas festas!

Chacras

Chacras, também conhecidos pela grafia chakras, segundo a cultura hindu, yogue e estudos do ocultismo, teosofia e conscienciologia, são centros de absorção, exteriorização e administração de energias no duplo etérico. Os chacras são estudados por diversas religiões, escolas espirituais e pesquisadores da área espiritualista e existem alguns consensos acerca de suas funções, formas e funcionamento dentre estes envolvidos.

É fundamental entender que chacras são estruturas estudadas por diversas linhas religiosas e espiritualistas. Desta forma, existem informações muito variadas e algumas dessas informações divergem dentro destas variadas linhas de estudo assim como algumas informações convergem para um consenso ainda que, por vezes, tenham terminologias diferentes.

Chakra (चक्र) originaria do sânscrito, vinda de cakraṃ (pronunciado [tʃəkrə]) em Pali, referenciada em chinês tibetano: Chakka; com significado “roda”, “giro” ou cíclico, é descrito por muitos como uma roda de fiar a luz.

Absorção
É considerado que os chacras têm entre as suas funções a absorção de energias do ambiente onde se encontra. Essas energias podem ser divididas em duas categorias: processadas e não-processadas (essas últimas também sendo conhecidas como bioenergias).Entre as não-processadas estaria a energia imanente (também conhecida como prana ou qi) e telúricas (kundalini), já entre as processadas estariam as energias conscienciais, que são as energias não-processadas que foram absorvidas por alguma consciência, processadas e exteriorizadas no ambiente.

Em 1927, um escritor teosofista autodeclarado como clarividente chamado Charles Webster Leadbeater propôs ainda uma terceira forma de energia não processada que seria absorvida pelos chacras a qual chamou de glóbulos de vitalidade.[4] Esta teoria, porém, não é um consenso entre as escolas espirituais.

Processamento
Outra função dos chacras seria a administração e processamento das energias absorvidas. Pouco se sabe sobre as minúcias deste processamento, mas acredita-se que uma das principais funções seja a vitalização que permite à consciência a animação do corpo físico para se manifestar. Outra forma de processamento seria uma espécie de tradução de algo absorvido do extrafísico para as capacidades sensoriais do indivíduo, assim como as ondas mecânicas que atingem os ouvidos são interpretadas como som pelo nosso cérebro quando dentro das frequências audíveis (20Hz a 20KHz) .

Esse processamento das energias do ambiente em forma de tradução permitiria também a sensitivos experienciar sensações diversas e capacidades anímicas como percepções advindas do acoplamento áurico, onde o sensitivo experienciaria as sensações emocionais de outrém[5] (conhecido popularmente por uma capacidade dos chamados empatas[6]) e o que se denominou na parapsicologia de psicometria, por exemplo, onde o sensitivo teria a percepção de energias conscienciais impregnadas a objetos[7]. Não confundir este último com a psicometria da psicologia que é um conjunto de métodos quantitativos de análise nessa área.

Neste processamento existiria a contaminação natural das energias não processadas pelo duplo etérico do indivíduo de forma semelhante a como a água pura em contato com a terra gera lama. Assim, a energia não processada seria contaminada após passar pelo duplo etérico de um indivíduo com emoções diversas, emoções essas que seriam a origem de tal contaminação, configurando-as após esse processo como energias conscienciais.

Desta forma, existiriam dois tipos de processamento conhecidos até agora feitos pelos chacras: o de vitalização e o de tradução.

Exteriorização
É considerado que alguma parte das energias que circulam no duplo etérico que já passaram por processamento são exteriorizadas formando um campo energético (também conhecido como campo áurico, aura, energossoma, entre outros) ao redor do corpo físico, embora não sejam limitadas somente a esse campo, podendo ser expelidas fora dos limites deste. Essa exteriorização seria a das chamadas energias conscienciais que carregariam consigo diferentes gamas de emoções e sentimentos provenientes do duplo etérico pelo qual passou no momento em que foi exteriorizada.

Chacra Básico (genésico)

(também conhecido como Chacra Raiz ou Chacra Base)

Nome em sânscrito: Muladhara (“Raiz de Suporte “).

Mantra: Lam.

Setores circulares (raios ou pétalas): 4.

Localização: Região do períneo.

Cor simbólica: Vermelho.

primeiro chacra (básico) é o único voltado em direção ao solo. Alguns pesquisadores o relacionam com as glândulas suprarrenais. Acredita-se que ele administre os instintos primitivos, impulsos de sobrevivência, e ser por onde entra a energia telúrica (ou kundalini). Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar a presença de dependência química a drogas ou outras substâncias.

Chacra Esplênico

Representação simbólica do Swadhisthana chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Swadhistana (“Fundamento de si próprio”)

Mantra: Vam.

Setores circulares (raios ou pétalas): 6.

Localização: Região do baço.

Cor simbólica: Laranja.

segundo chacra (esplênico), é muitas vezes relacionado com o baço. Acredita-se que ele administre a vitalidade proveniente das bioenergias bem como seja responsável por alguns estímulos como medo, ansiedade e reações à situações estressantes. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças relacionadas ao sistema imunológico e psicopatologias.

Chacra Umbilical (gástrico)

Representação simbólica do Manipura chacra. Não condiz com aparência real.

(não confundir com plexo solar, uma terminação nervosa da região estomacal conhecida pela medicina)

Nome em sânscrito: Manipura (“Cidade das Jóias”)

Mantra: Ram.

Setores circulares (raios ou pétalas): 10.

Localização: Aproximadamente dois dedos acima do umbigo.

Cor simbólica: Amarelo.

O terceiro chacra (umbilical) é o último de cima para baixo considerado como estando no grupo dos chacras reativos, que são sensíveis à estímulos exteriores e passíveis de reações imediatas de intensidades variadas. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula pâncreas. Acredita-se que ele auxilie no processo digestivo e de distribuição de nutrientes bem como seja responsável por estímulos como a euforia (positiva ou negativa) e características como o narcisismo. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças gastrointestinais.

Chacra Cardíaco

Representação simbólica do Anahata chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Anahata (“Invicto”; “Inviolado”)

Mantra: Yam.

Setores circulares (raios ou pétalas): 12.

Localização: Região do coração.

Cor simbólica: Verde.

quarto chacra (cardíaco) é algumas vezes citado como o ponto de encontro entre as energias telúricas (kundalini) absorvidas pelo chacra básico e as energias imanentes (prana ou qi) absorvidas pelo chacra coronário, porém isso não é um consenso entre as diferentes linhas de estudo. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula timo.[8] Acredita-se que ele seja responsável pelo potencial para o amor altruísta e que fique em maior atividade em momentos de benquerença e ternura incondicional. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças cardíacas ou respiratórias.

Chacra Laríngeo

Representação simbólica do Visuddha chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Visuddha (“O purificador”)

Mantra: Ham.

Setores circulares (raios ou pétalas): 16.

Localização: Região da laringe.

Cor simbólica: Azul claro.

quinto chacra é o laríngeo. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula tireóide. Acredita-se, geralmente, que ele esteja relacionado principalmente com as capacidades comunicativas e irrigação energética do aparelho fonador. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças hormonais relacionadas à tireoide, bem como inflamações na região da garganta.

Chacra Frontal

Representação simbólica do Ajña chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Ajña (“O Centro de comando”)

Mantra: Om.

Setores circulares (raios ou pétalas): 96 (2 grupos de 48).

Localização: Região inferior da testa, um pouco acima do espaço entre as sobrancelhas.

Cor simbólica: Azul Índigo.

sexto chacra tem em algumas culturas do oriente que foram posteriormente difundidas no ocidente a contagem de seus raios apenas considerando seus grupos, que são dois, e podem aparecer em alguns materiais desta procedência de tal forma. Também é conhecido como “terceiro olho” na tradição hinduísta. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula hipófise (ou pituitária). Considera-se que ele esteja ligado às capacidades de concentração, cognição, bem como as capacidades anímicas como a clarividência e a percepção sutil. Acredita-se que ele esteja em maior atividade quando em momentos de serenidade, silêncio interno, meditação, estudo, leitura e de ímpetos de colaboração. Acredita-se também que quando bem desenvolvido, pode indicar uma alta sensibilidade e percepção energética, bem como a presença de capacidades anímicas.

Chacra Coronário

Representação simbólica do Sahasrara padma. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Sahasrara (“O Lótus das mil pétalas”)

Mantra: Aum.

Setores circulares (raios ou pétalas): 972 (um grupo de 960 e outro central de 12).

Localização: Região central do topo da cabeça.

Cor simbólica: Violeta e Branco.

sétimo chacra (coronário) é considerado como a porta de entrada da energia imanente. É conhecido também como o como chacra da coroa ou o lótus das mil pétalas e é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula epífise (ou pineal). Considera-se como sendo relacionado com a capacidade de estabilidade absoluta, sintonia com pensamentos mais sutis como o de fraternidade generalizada e ainda tendo relação com fenômenos mediúnicos como a psicofonia e a psicografia e anímicos como a projeção da consciência.

Fonte: Wikipedia

Nota de falecimento

Queridos Irmãos,

Por meio deste comunicado, confirmamos em nome da Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André, o falecimento de nossa querida irmã Marli Ribeiro no dia de hoje, 22/07/2018.

O velório será a partir das 19h de hoje no Cemitério Vila Paulicéia na Rua Júlio de Mesquita, 1055, Paulicéia, São Bernardo do Campo.

O enterro será amanhã (23/07) às 9h da manhã no mesmo local.

Por gentileza, avisem os conhecidos.

Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André

Comunicado urgente

ATENÇÃO!

A entrega de senhas que seria realizada no dia de hoje (22/07), está CANCELADA!

A entrega de senhas foi transferida para o próximo domingo (29/07).

REPASSEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS QUE FREQUENTAM A CASA.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Recesso anual

A Casa não funcionará do dia 08/07/2018 ao dia 21/07/2018 devido ao recesso anual.

Poder dos guias

Entra ano, sai ano, e a experiência que vamos adquirindo enquanto praticantes da Umbanda nos permite constatar que a maior parte dos problemas que são levados aos nossos templos continua inalterada. Os maridos ainda precisam ser “amarrados”, os filhos estão cada vez mais rebeldes, o dinheiro é cada vez mais insuficiente para pagar as contas, e dúzias de encostos permanecem assombrando pobres almas inocentes. Será que os Pretos-Velhos, Caboclos e Crianças não estão dando conta do recado? Já não se fazem mais Exus como antigamente? Ou será que estamos diante de uma massa de “fieis” cada vez mais omissa às suas próprias obrigações éticas, sociais e familiares?

Há mais de século, os Mentores Espirituais que acorrem aos nossos templos nos alertam para a necessidade de decompormos o cerne de nossos problemas sob a luz da autocrítica. Pois muitos obstáculos adquirem ares de insolubilidade pelo fato de não admitirmos que eles florescem à revelia de uma análise centrada naquilo que NÓS poderíamos ter feito para resolvê-los. Bom seria se levássemos à presença de uma Entidade mediunicamente manifestada apenas dúvidas relacionadas às nossas próprias fraquezas, ou, quem sabe, desabafos que não estivessem tão camuflados pela negação em admitir nossas falhas. Entretanto, o panorama é desalentador, pois décadas transcorrem e continuamos com a confortável sensação de poder terceirizar a causa íntima de nossos tormentos. E haja vela e magia para que tanta crise seja resolvida!

A verdade é que os ditames comportamentais de nossa sociedade também estão influenciando a noção de responsabilidade que deveríamos ter, mormente perante o enfrentamento dos nossos óbices existenciais. Certa vez ouvi uma irmã de fé dizer que noventa por cento dos problemas trazidos aos terreiros seriam resolvidos em um divã, e não por “força de pemba”. Análise corretíssima, infelizmente! Pois vejamos: Em plena era do telefone celular, dos bate-papos virtuais, das formas de comunicação que possibilitam uma interação interpessoal cada vez mais fácil e objetiva, ainda assistimos pessoas que se esquivam de qualquer entendimento verbal com o alvo de seus sentimentos amorosos. Pessoas tomadas, quem sabe, por um misto de timidez, egoísmo, depressão e amor platônico, que simplesmente não se julgam competentes para conversar, discutir a relação, ou investigar as reais intenções de seus pretendentes. Onde essa frustração é despejada? Muitas vezes, aos pés de um Preto-Velho, Caboclo, Criança ou Exu. Aí, como se estivéssemos em um call center qualquer, solicitamos à Entidade uma intervenção astral sobre o problema, para que o “ser amado” volte logo, como num passe de mágica, se possível bem docinho e amarradinho. E como bem ensina a regra capitalista, nos dispomos até a pagar pelo “serviço” feito.

Outro problema comumente trazido aos Gongás da Umbanda reflete a dificuldade que temos em educar nossos descendentes. Mais uma vez, obliteramos nossa parcela de culpa, que na maioria dos casos é ilustrada pelo binômio filhos rebeldes = pais complicados, e defendemos que a insubordinação de um filho está exclusivamente atrelada a “influências espirituais”. Tudo acaba sendo jogado “na conta” de espíritos obsessores, quando, na verdade, salta aos olhos a evidência de uma educação defeituosa, eivada de mimos exagerados, superproteção, negligência e/ou indisciplina. Resta às Entidades de Umbanda a tarefa de consertar essa situação? Obviamente que não!

Também não poderíamos deixar de discorrer acerca de um problema que quase sempre é levado ao conhecimento de nossos imperturbáveis Mentores Espirituais: a falta de dinheiro. Diamantino Fernandes Trindade vaticina nesse sentido com uma maestria lacônica: “Nenhum trabalho para atrair dinheiro surtirá efeito se você gastar mais do que ganha.” No século do consumismo leviano e desenfreado, quem pode afirmar que está à salvo da mania de perseguir aquisições supérfluas? Quantos telefones celulares você comprou nos últimos trinta e seis meses? Quantas vezes você pensou em tomar um empréstimo, simplesmente para obter algo que “estava na moda”? Quantos desejos pululam em nosso âmago, impulsionados por apelos culturais estritamente superficiais? Será que o dinheiro realmente está faltando, ou o que falta mesmo é um planejamento financeiro em nossa rotina de gastos? Mais uma vez, levamos atribulações criadas pelos nossos desequilíbrios aos pés dos Orixás, como se estes tivessem o poder de tudo resolver, à revelia de nosso livre-arbítrio… Plantamos mal, semeamos pior, mas queremos colher o melhor possível.

Por último, mas não menos recrudescente, flutua o imbróglio dos “encostos” – esses capetinhas danados que sempre fecham os nossos caminhos e perturbam gratuitamente o sucesso da nossa inocente jornada terrena. Por muitas vezes, nós os responsabilizamos por outros problemas já comentados: falta de dinheiro, namorado, ou a rebeldia de filhos, parentes e amigos. Na contrapartida dessa rotulação endêmica, já ouvi um Exu assertivar que os casos de obsessão clássica – aqueles que eram comuns há cinqüenta anos atrás, de um desencarnado perturbado sobre um encarnado incauto – são cada vez mais raros de serem observados. Isso porque NÓS estamos assumindo a dianteira nessa questão, ou melhor, estamos abrindo nossas portas mentoastrais para que obsessões e obsessores possam nos dominar. O convite está partindo de nossas mentes “inocentes”, frágeis a ponto de culpabilizar o “Reino das Trevas” pelo MEU alcoolismo, ou de acusar uma alma penada pela MINHA tendência ao sensualismo exacerbado. Problemas de caráter? Não os tenho! São os meus “encostos” que colocam esses espinhos em minha personalidade!Vamos nos enganando, na medida em que enormes falanges de assediadores “astrais” vão crescendo em nossas cabeças auto-obsedadas!

Enfim, enquanto não soubermos mensurar a nossa parcela de culpa nessas situações que levamos ao conhecimento de Entidades mediunicamente manifestadas, estaremos fadados a sair de um Terreiro de Umbanda sem perspectiva de resolução para os nossos problemas. Nenhuma “magia” pode quebrar aquilo que nasce do nosso livre-arbítrio e floresce em nossa resoluta vontade de agir egoisticamente. Ainda assim, abnegados Pretos-Velhos, Caboclos e Erês estão sempre a nos indicar a solução: o caminho do autoconhecimento como fonte única de libertação plena. Caminho de difícil persecução, pois desafia a todo instante a vaidade e o comodismo que cultivamos. Mas caminho essencial para que tenhamos condições de empreender a tão falada Reforma Íntima, e sorver plenamente todo o poder dessa assistência espiritual trazida pelo Evangelho Cristão, redivivo no Astral de Umbanda.

Lembre-se: se a sua autocrítica é menor do que seus problemas, seus problemas certamente são bem maiores do que você pensa!

Fonte: Luciano Martins Leite no blog Tenda de Umbanda Luz e Caridade

Greve dos caminhoneiros

ATENÇÃO!

Devido a greve dos caminhoneiros e a situação emergencial que se encontram os transportes e suprimentos, as giras de hoje (25/05), amanhã (26/05) e quarta (30/05) foram CANCELADAS!

Apenas a entrega de senhas do próximo domingo (27/05) está mantida.

Continue acompanhando nossa página no Facebook e site para mais informações em breve e para acompanhar as novas decisões diante dos acontecimentos.

REPASSEM PARA O MAIOR NÚMERO DE PESSOAS QUE FREQUENTAM A CASA.

ALDEIA DE UMBANDA MAMÃE OXUM E PAI ANDRÉ

Amarração

Existe amarração do amor na Umbanda?

Sim e não. Mas, como assim?

De uma maneira geral as ditas amarrações, sortilégios, magias e quaisquer que sejam as denominações que as pessoas dão para os feitos que remetem a “conquista” de um amor não correspondido à força: NÃO fazem parte de NENHUM preceito da Umbanda.

Então para essa pergunta temos um claro e sonoro: NÃO, amarração do amor não existe na Umbanda e sendo assim não contempla nenhum dos fundamentos da religião.

Desta forma se a sua intenção ao abrir esse texto foi encontrar um “feitiço” para trazer o amor em 3 dias, dessa vez o blog irá te decepcionar. Mas não desista tão cedo dessa leitura! Pode ser que aqui tenha algo que te traga maior esclarecimento sobre alguns aspectos da sua vida.

Bom, então já está claro que amarração de amor nada tem a ver com religião de Umbanda, porémisso não quer dizer que elas não existam, afinal de contas não é só umbandista que tem como hábito a prática e o manejo de magia.

Magia é um fato e algo com o qual as pessoas se relacionam mesmo sem saber. Acender uma vela por exemplo é um ato mágico que faz parte da ritualística de Umbanda. Seu uso e finalidade dentro da religião são sempre em benefício próprio ou de outro, porém nunca intencionando o prejuízo de algo.

Mas isso não nos excluí de ter a consciência e a noção de que velas são acesas em trabalhos negativos o tempo todo, portanto o ato magístico é algo neutro, não “escolhe” entre bem ou mal para se realizar.

Com isso posto, entendemos que quando o conhecimento do manejo de magias e receitas de encantamentos caem em mãos erradas se espalham deixando um lastro nem um pouco agradável.

Geralmente são vendidas como atalhos e soluções rápidas, na promessa ilusória de que sentimentos estão à venda.

É importante que isso esteja claro: não há como vender ou negociar amor ou qualquer que seja o sentimento. O que se compra quando se adquiri um trabalho desse gênero então são ilusões, atrações físicas, obsessões, mas nada que se relacione com amor e que traga felicidade plena.

As famosas amarrações então, tanto existem como se alimentam e crescem as custas das fraquezas e vaidades humanas. Mas isso de maneira alguma se relaciona com a Umbanda enquanto religião.

Quem está por trás de uma amarração? Ela consegue ter efeito?

Não há como generalizar os motivos pelo qual uma pessoa oferece esse tipo de ‘serviço’ mas, normalmente o que costuma-se ver é a exploração de pessoas espiritualmente abaladas, enfraquecidas e com o ego ferido que depositam suas esperanças e dinheiro, em alguém que se utiliza de conhecimento em magia e até mesmo da sua mediunidade para ganho material ou pelo poder sobre a vida do outro.

Que fique claro também que o intuito desse post não é apedrejar e nem jogar na fogueira quem já caiu nesse tipo de armadilha, mas sim como já dito trazer esclarecimento e alertar para as consequências de tais escolhas.

É preciso se conscientizar sobre essas ações, sim, porém não só por medo das consequências e sim, porque realmente é entendido sobre a essência do que é o amor, a compaixão e a humildade e que essa essência não se encontra disponível em nenhum mercado de barganha.

A questão em que se levanta então é: se a impunidade reinasse e se nenhuma consequência caísse sobre quem prejudica outrem para conseguir o que quer, você recorreria a esses métodos?

Por isso o discernimento sobre o que é ou não pertinente é o que precisa ser levado em conta, após essa leitura. Amor próprio, sabedoria, moral, valores, integridade, honestidade e fé são algumas das palavras que envolvem esse discernimento.

Fonte: Blog Umbanda EAD

Leis herméticas

Leis herméticas é um conjunto de princípios atribuídos a Hermes Trismegisto que formam uma filosofia que ficou conhecida como Hermetismo.

As sete principais leis herméticas se baseiam nos princípios incluídos no livro Caibalion que reúne os ensinamentos básicos da Lei que rege todas as coisas manifestadas. A palavra Caibalion, na língua hebraica significa tradição ou preceito manifestado por um ente de cima. Esta palavra tem a mesma raiz da palavra Kabbalah, que em hebraico, significa recepção.

Lei do Mentalismo

“O Todo é Mente; o Universo é mental.”

O universo funciona como um grande pensamento divino. É a mente de um Ser Superior que ‘pensa’ e assim é tudo que existe. É o todo. Toda a criação principiou como uma ideia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência.

A matéria é como os neurônios de uma grande mente, um universo consciente e que ‘pensa’. Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contém todo o conhecimento.

Lei da Correspondência

“O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora.”

Significa que o que está em cima (seu consciente) é como o que está em baixo (seu subconsciente) e o que está dentro (as emoções geradas pela ideia posta em seu subconsciente) é como o que está fora (resultado no mundo físico gerado pelo universo com base nas emoções e vibrações geradas pelo seu corpo, seguindo seu subconsciente).

A perspectiva muda de acordo com o referencial. A perspectiva da Terra normalmente nos impede de ver outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta.

O princípio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa.

Lei da Vibração

“Nada está parado, tudo se move, tudo vibra”

No universo todo movimento é vibratório. O todo se manifesta por esse princípio. Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso. Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.

Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento. ou seja, tudo é energia e está em constante movimento.

Lei da Polaridade

“Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados ”

A polaridade revela a dualidade, os opostos representando a chave de poder no sistema hermético. Mais do que isso, os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Tudo se torna idêntico em natureza. O pólo positivo + e o negativo – da corrente elétrica são uma mera convenção.

O claro e o escuro também são manifestações da luz. A escala musical do som, o duro versus o flexível, o doce versus o salgado. Amor e o ódio são simplesmente manifestações de uma mesma coisa, diferentes graus de um sentimento.

A lei da dualidade esta também expressa na cultura chinesa através do Yin Yang, segundo a mitologia chinesa foi entregue a eles por uma cobra que desceu no céu, ela é o conhecimento da dualidade do bem e do mal. Acredita-se que este seja o fruto do conhecimento do bem e do mal citado no Gênesis da bíblia, muitas outras das leis herméticas também podem ser constatadas no estudo do Yin Yang,

Lei do Ritmo

“Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação”

Pode se dizer que o princípio é manifestado pela criação e pela destruição. É o ritmo da ascensão e da queda, da conversão energia cinética para potencial e da potencial para cinética. Os opostos se movem em círculos.

É a expansão até chegar o ponto máximo, e depois que atingir sua maior força, se torna massa inerte, recomeçando novamente um novo ciclo, dessa vez no sentido inverso. A lei do ritmo assegura que cada ciclo busque sua complementação. Tudo ocorre para que seja mantido o equilíbrio.

Lei do Gênero

“O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero se manifesta em todos os planos da criação”

Os princípios de atração e repulsão não existem por si só, mas somente um dependendo do outro. Tudo tem um componente masculino e um feminino independente do gênero físico. Nada é 100% masculino ou feminino, mas sim um balanceamento desses gêneros.

Existe uma energia receptiva feminina e uma energia projetiva masculina, a que os chineses chamavam de yin yang. Nenhum dos dois pólos é capaz de criar sem o outro. É a manifestação do desejo materno com o desejo paterno.

Lei de Causa e Efeito

“Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade mas nenhum escapa à Lei”

Nada acontece por acaso, pois não existe o acaso, já que acaso é simplesmente um termo dado a um fenômeno existente e do qual não conhecemos a origem, ou seja, não reconhecemos nele a Lei à qual se aplica.

Esse princípio é um dos mais polêmicos, pois também implica o fato de sermos responsáveis por todos os nossos atos. No entanto, esse princípio é aceito por todas as filosofias de pensamento, desde a antiguidade. Também é conhecido como karma.

Da Energia Latente no Ser Humano

Ser Humano (Ser) é Energia. Essa Energia é força de maior intensidade, de menor intensidade e de zero intensidade.

O Ser ativo, participativo, solidário, ético, optativo e decisivo é um Ser de Energia de intensidade alta, grande, maior.

Um Ser inativo, egoísta, passivo, corruptor, inoptativo e indeciso é um Ser de Energia de intensidade baixa, rasa, sofrível.

Um Ser doente, em fase terminal, é um Ser de intensidade de Energia igual a zero.

Um Ser que faz o mal, vive para o mal, pratica o mal, venera o mal, participa para o mal, tem o pensamento voltado para o mal, ludibria a vontade alheia em proveito próprio, tem uma Energia de intensidade sofrível.

Um Ser que é benevolente, que pratica boas ações, que venera o bem, faz o bem sem olhar a quem, ajuda ao próximo, tem o pensamento voltado para a prática do bem, é altruísta, provoca a paz entre os homens, tem uma Energia de intensidade maior.

Um esquema para melhor entender esse homem de Energia sofrível: A Elipse é aberta em ordenadas e abscissas negativas.

Um esquema para melhor entender esse homem de Energia maior: A Elipse é fechada em ordenadas e abscissas positivas.

Um esquema para melhor entender esse homem de Energia zero: A Elipse tem abscissas e ordenadas iguais.

Obaluaê e Omolu

Ambos são diferentes e os mesmos ao mesmo tempo? Um é o avô e outro o bisavô? Se pensarmos através da concepção de Orixá enquanto energia fica difícil de entender que uma Energia seja mais “velha” ou “nova”. Essa tentativa de explicação surge com a influência do candomblé que tentou explicar os mistérios desses Orixás através da mitologia e dos contos, que por terem campos de atuações que à primeira vista são parecidos fica evidente que, se a explicação não for minuciosa, surgirá equívocos sobre o entendimento dos mesmos. Com isso entendido, podemos começar a explicar as diferenças desses sagrados Orixás e seus campos de atuação.

Omolu:

É o Orixá masculino assentado no polo negativo do Trono da Geração. Seu mistério atuante é o que permeia os próprios mistérios da morte (desencarne), perceba que ele é em si um mistério a partir de seu próprio mistério ativo. Pai Omolu atua no desligamento do espírito à matéria e na condução desse mesmo para as zonas da vida (dimensões, mundos, esferas e etc) da qual tenha merecimento. Omolu é um dos guardiões divinos “que consagram a si e à sua existência, como divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida” (Saraceni, 2008). Para melhor entende-lo, temos que lembrar que ele está assentado no polo negativo do Trono da Geração, no polo positivo temos Yemanjá como estimuladora da geração e da criatividade nos seres, logo, Omolu será o agente paralisante dos seres que se desvirtuam e atentam contra os princípios da Geração Divina. Temos por geração tudo aquilo que cria e desenvolve, podendo ser ideias, projetos, princípios, pois tudo isso geramos, não tão somente o ato sexual. Se pudermos resumir, Omolu é o Orixá que cuida dos seres que se negativam ante os processos criativos e gerativos da vida.

“Se Omolu rege sobre o ‘cemitério’ e sobre os espíritos dos ‘mortos’ é porque esses espíritos atentaram contra a vida ou algum dos seus sentidos. Logo, só deve teme-lo quem assim proceder, pois aí, queira ou não, será alcançado por sua irradiação paralisadora que atuará sobre seu magnetismo e o enviará a um meio onde só seus afins desequilibrados vivem” (Saraceni, 2008). Perceba que nosso amado pai Omolu pouco é punitivo ou maldoso, somos seres regidos por leis e é através delas que podemos nos expressar no mundo e será por amor que Omolu nos conduzirá para suas zonas da vida paralisadoras para que todo nosso negativismo e desequilibro possa ser esgotado e possamos voltar a gozar da vida como ela realmente é aos olhos do Criador.

Obaluaê:

Pai Obaluaê é o Orixá masculino que está assentado no polo positivo do Trono da Evolução, seu campo de atuação é o das passagens de um nível vibratório, ou estágio da evolução, para outro. É aqui que começa a confusão com Omolu, já que ambos possuem campos próximos mas muito distintos entre si. Enquanto Omolu atuará no desencarne do ser, Obaluaê atuará na redução do corpo plasmático do espírito para que se tenha afinidade e se conecte com o novo invólucro carnal. Para que possamos melhor entender as diferenças, temos que lembrar dos Tronos do Conhecimento de Deus da qual esses Orixás fazem parte, um está assentado no Trono da Geração e o outro no Trono da Evolução. Se Omolu “cuida” da passagem do desencarne, será Obaluaê que se consagrará como o Senhor das Passagens porque tanto rege as passagens das linhas evolutivas e da encarnação, como rege também a passagem de faixas vibratórias. Perceba que Omolu tão somente cuida da passagem da morte pois está no polo negativo da geração e a geração é a vida em si, resumidamente, se Yemanjá gera a agregação de Oxum, entre os gametas masculinos e femininos, será por excelência que Omolu “romperá” esse laço e conduzirá o espírito “rumo ao desconhecido”.

Perceba que facilmente é confundido o campo de atuação desses Orixás, mas com uma explicação um pouco mais detalhada se torna nítida a diferença entre eles. Essas são algumas das diferenças entre os Orixás em questão, mas se já é difícil explicar, igualmente será o entendimento. Apenas deve-se ficar claro que ambos Orixás são diferentes e atuam de formas distintas nos seres que se encontram, temporariamente ou não, sob sua tutela.

Referências: Rubens Saraceni no livro “Orixás – Teogonia de Umbanda”.

Fonte: Umbanda Explica

Fumo e álcool

Questão que gera inúmeras controvérsias na Umbanda é o fato dos guias e entidades que se manifestam através de seus médiuns utilizarem-se do fumo e de bebidas, o que leva alguns críticos da religião a classificarem-na como “baixo espiritismo” e estarem os espíritos que nela atuam em grau evolutivo inferior. Tal assertiva não passa do mais errôneo entendimento do que acontece na liturgia da Umbanda. Através de uma análise histórica, pode-se verificar que diversas são as religiões que se utilizam da bebida em seus fundamentos. Na mitologia Grega, o Deus Zeus juntamente com uma mortal de nome Semele, deu origem a Dionísio, o Deus do vinho e, os romanos com a expansão de seus costumes pela Europa inteira, deram fama a Baco, o equivalente romano ao Deus do vinho grego. Com o Cristianismo, o vinho também mostra sua importância, desde o momento em que Jesus brindava o amor do Pai Celestial repartindo o vinho com seus apóstolos e seguidores. Até os dias de hoje a Igreja Católica compartilha o pão e o vinho entre seus fiéis, representativos ambos na eucaristia do corpo e do sangue do Cristo. Na África, o vinho de palma é usado em diversos cultos, sendo considerado néctar divino. O mesmo se verifica nos cultos ameríndios e xamânicos, onde os pajés se utilizam de bebidas para realizarem seus rituais, como o caso da cerimônia da Ayahuasca. Seguindo a tradição difundida culturalmente entre os povos, a Umbanda não é diferente. O fato de utilizar o álcool em seus rituais nada tem de inferioridade ou primitivismo, visto que essa substância tem um significado claro e repleto de fundamentos. O mesmo ocorre com o uso do fumo. As entidades e guias da Umbanda utilizam-se dos elementos que compõem o álcool e o fumo para realizarem seus trabalhos de limpeza e purificação, tanto do consulente, como de ambientes. De que forma fazem isso?

O álcool

O álcool, em sua essência, é líquido proveniente da cana-de-açúcar, extremamente volátil, assemelhando-se ao éter, representando elemento que facilmente transcende do plano material para o etéreo, sendo excelente auxiliar para desfazimento de energias negativas impregnadas no períspirito. Além do mais, é fogo em estado líquido, pela sua facilidade de combustão.
O álcool ainda possui a propriedade de ser usado como “contraste”, quando a entidade age magnetizando a bebida e faz o consulente ingeri-la em pequena quantidade, permitindo-lhes visualizar o seu organismo, mostrando algum problema que deve ser cuidado. Funciona também, como elemento antiséptico para limpar e desinfetar regiões que estejam sendo tratadas pelas entidades em seus atendimentos. Não se pode deixar de citar que o álcool ainda propicia no organismo do médium um entorpecimento de suas faculdades, facilitando com isso o trabalho das entidades, proporcionando-lhes mais liberdade de ação durante o processo de incorporação, já que libera no corpo do médium substâncias ativadoras do cérebro que atuam nos plexos nervosos, aproveitadas pelas entidades em seu trabalho no plano material. Muitas pessoas condenam o uso do “marafo” (álcool, aguardente, whisky, destilados) pela falange de Exus e Pombogiras. Dizem que essas entidades estão extremamente atrasadas evolutivamente e ainda ligadas ao plano terreno, necessitando desse elemento para satisfazerem seus vícios. Nada mais errado, também. A energia, como já se explicou é usada e manipulada como pelas demais linhas de trabalho da Umbanda em sua magística. Exus e Pombogiras por estarem em faixas vibratórias mais próximas do ambiente terreno utilizam-se da energia retirada desses elementos para realizarem seus trabalhos magísticos. Usam o álcool contido nas bebidas para descarregos, retirando energias negativas dos médiuns, do ambiente ou dos consulentes. A bebida é usada no ponto riscado, na tronqueira, nas ferramentas de Exu, etc. verifica-se nos terreiros, também, a bebida sendo usada antes de uma gira de Exu, sendo passada nas mãos e braços dos médiuns para baixar a vibração e facilitar a conexão entre o espírito incorporante e a matéria do médium. O mesmo ocorre com a linha de trabalho de baianos, marinheiros e outros, tendo esses a fama de gostarem de um “traguinho”. Na verdade, essas linhas vêm manifestando-se assim pela vibração que carregam quando da incorporação, nada tendo de embriagadas. A título de conclusão, deve-se ainda dizer que o álcool ingerido pelo médium também é dissipado no trabalho, ficando em quantidade reduzida no organismo após haver a incorporação.

O fumo

Por sua vez, o fumo é vegetal que traz o elemento terra e água, em sua composição e, os elementos ar e fogo quando utilizado na defumação. Conjuga, portanto, quando usado pelas entidades de Umbanda, os quatro elementos básicos – terra, fogo, ar, água -, além do elemento vegetal nos trabalhos de magia. O fumo é utilizado como meio de descarrego, agindo sobre os chacras dos consulentes. O fumo é utilizado como componente para defumação, onde conjuga o fogo e a fumaça para a destruição dos campos magnéticos negativos, vinculados tanto à obsessões quanto à feitiços realizados contra o consulente. Assim, o que as entidades da Umbanda fazem é utilizarem ervas, juntamente com os elementos água, fogo e ar para realizarem suas magias e defumações, desestruturando larvas astrais, miasmas e desagregando energias negativas e danosas à aura do consulente. O fumo tem suas características vegetais, tendo através do seu processo de desenvolvimento na natureza arregimentando as mais diversas energias e substâncias – sais minerais, hidrogênio, oxigênio, fósforo, potássio, nitrogênio, vitaminais – do solo onde foi cultivado e do meio ambiente, além da absorção da energia solar e lunar, razão pela qual condensa forte carga energética de impregnações etéreas que libera durante a sua queima. Se prestarmos atenção na atitude das entidades incorporadas, veremos que enquanto estas fumam, estão constantemente jogando baforadas da fumaça de seu cachimbo, charuto, ou cigarro sobre aquele que com eles se consulta. Não tragam a fumaça, apenas enchem a boca com a fumaça e a expelem sobre o consulente ou para o ar. Para quem não sabe, nessa hora está sendo realizado verdadeiro passe, onde a defumação se conjuga com o sopro para realizar a limpeza energética da aura ou perispírito da pessoa. Pode-se verificar que as entidades podem realizar seu trabalho sem a utilização desses elementos sem qualquer problema. Mas, poder-se-ia dizer, se elas existem e comprovadamente têm o seu significado, por que se abster de usá-las? O que deve ser deixado de lado é a associação de seu uso como indicativo de inferioridade. A título de curiosidade, devemos ressaltar que os Guias de Umbanda dependendo da linha em que realizam seu trabalho, não se utilizam dessas ferramentas, sendo que podemos encontrar a mesma entidade realizando o mesmo trabalho, mas em outra linha vibratória, sem se valer desses elementos em situações específicas, mas não deixando de ser a mesma entidade. De uma forma ou de outra, vai realizar seu trabalho e não vai ser mais ou menos evoluída por isso. O que deve ficar entendido é que a entidade incorporada quando realiza o sopro da fumaça de seu cachimbo, charuto, ou cigarro, dando suas baforadas nos consulentes, cria com isso as condições, tanto no plano físico quanto espiritual, para a realização da magia da Umbanda, tudo sob o aval dos espíritos de luz e dos Orixás. Só o sopro em si carrega efeitos terapêuticos e espirituais poderosos, mas quando aliados à erva tem seu efeito potencializado, gerando resultados positivos como se observam nos terreiros de Umbanda. A dinâmica, portanto, deve ser entendida como um todo. Alia-se, no trabalho de Umbanda, o álcool, o fumo, a energia proveniente das entidades e espíritos superiores que orientam os trabalhos, a energia presente na própria natureza através do trabalho dos elementais, bem como o ectoplasma retirado dos médiuns durante os trabalhos mediúnicos, possibilitando a cura do consulente necessitado de ajuda. Entender essa prática como apego dos espíritos incorporantes à matéria passa a ser, dessa forma, desconhecimento pueril acerca dos trabalhos magísticos realizados dentro da ritualística da Umbanda. No contato permanente com as entidades que incorporam na Umbanda, passamos a perceber, inclusive, sua preocupação com o uso indiscriminado de fumo ou de cigarros que são comercializados, e seus conselhos para evitarem que seus médiuns tenham seu corpo prejudicado pelo uso de tais ferramentas. É comum pedirem cachimbos com filtro para diminuírem ainda mais a assimilação pelo corpo do médium da nicotina presente em cigarros ou fumo comercializados. Encontramos entidades que pedem a seus “cavalos” que fabriquem seu fumo com ervas naturais, como alecrim, alfazema e outras aliadas ao fumo in natura. Até porque a combinação de tais ervas potencializa os efeitos energéticos, catalisadores, descarregadores e reequilibrantes do perispírito do consulente. Algumas entidades chegam a cuspir em recipientes adequados, a famosa “caixinha”, que fica ao seu lado para neste ato evitar ao máximo a ingestão da nicotina e de outros elementos que não interessam para o trabalho e muito do que vêm pela química industrial.

Com todo o exposto, pode-se perceber que tanto o álcool quanto o fumo são verdadeiras, úteis e necessárias ferramentas de trabalho das entidades que trabalham na Umbanda. Tal fato deve ser estudado e haver orientação precisa durante a doutrinação dos médiuns e assistentes das giras de Umbanda para entenderem com seriedade a real necessidade de haver um trabalho sério e efetivo de esclarecimento para evitar entendimentos errados que levem a denegrir a verdadeira caridade prestada pelas entidades e guias de Umbanda que utilizando das ferramentas que a natureza lhes oferece, levam aos filhos de fé um lenitivo para suas mazelas e dores, na fé de Oxalá.

Fonte: Genuína Umbanda

Umbanda e o Brasil

Aprendemos na escola que a população brasileira foi formada pelos europeus colonizadores, que se mesclaram com os indígenas que aqui já viviam antes da chegada dos portugueses e com os africanos trazidos pelo escravismo. Somos ao mesmo tempo brancos, índios e negros. São essas as nossas raízes, às quais mais tarde vieram se juntar povos do Oriente Próximo, do Extremo Oriente e de outras partes do mundo. Somos um povo mestiço, com uma cultura mestiça, mas o assumir dessa identidade só veio a ganhar alguma legitimidade por volta dos anos 20 do século passado, época, inclusive, em que se formaram duas importantes marcas dessa ascendência: o samba, no universo da música popular brasileira, e a umbanda, síntese das diversidade religiosa afro-brasileira.

Negros e índios: impossível pensar o Brasil sem essas duas origens. Suas marcas estão na constituição física do brasileiro e também na sua cultura, sobressaindo-se a música e a religião, mas incluindo também dimensões como língua, culinária, estética, valores sociais e estruturas mentais. Mas é nas religiões afro-brasileiras que estão registradas a presença decisiva e a diversidade da contribuição negra.

Durante quase quatro séculos, negros africanos foram caçados e levados ao Brasil para trabalhar como escravos. Separados para sempre de suas famílias, de seu povo, do seu solo (de fato apenas alguns poucos conseguiram retornar depois da abolição da escravidão), os africanos foram aos poucos se adaptando a uma nova língua, novos costumes, novo país. Foram se misturando com os brancos europeus colonizadores e com os índios da terra, formando, como disse, a população brasileira e sua cultura, como também aconteceu em outros países da América. Muitos foram os povos africanos representados na formação brasileira, os quais podem ser classificados em dois grandes grupos lingüísticos: os sudaneses e os bantos (Prandi, 2000).

São chamados sudaneses os povos situados nas regiões que hoje vão da Etiópia ao Chade e do sul do Egito a Uganda, mais o norte da Tanzânia. Seu subgrupo denominado sudanês central é formado por diversas etnias que abasteceram de escravos o Brasil, sobretudo os povos localizados na região do Golfo da Guiné, povos que no Brasil conhecemos pelos nomes genéricos de nagôs ou iorubás (mas que compreendem vários grupos de língua e cultura iorubá de diferentes cidades e regiões), os fons ou jejes (que congregam os daomenaos e os mahis, entre outros), os haussás, famosos, mesmo na Bahia, por sua civilização islamizada, e outros grupos que tiveram importância menor ou nenhuma na formação de nossa cultura, como os grúncis, tapas, mandingos, fantis, achantis e outros não significativos para nossa história. Para enfatizar a especificidade de cada uma dessas culturas ou subculturas, talvez seja suficiente lembrar que duas das cidades iorubás ocupam papel especial na memória da cultura religiosa que se reproduziu no Brasil: Oió, a cidade de Xangô, e Queto, a cidade de Oxóssi, além de Abeocutá, centro de culto a Iemanjá, e Ilexá, a capital da sub-etnia ijexá, de onde são provenientes os cultos a Oxum e Logum Edé. O candomblé jeje-nagô da Bahia, o batuque do Rio Grande do Sul, o tambor-de-mina do Maranhão e o xangô de Pernambuco são heranças brasileiras desses povos.

Os bantos são povos da África Meridional que falam entre setecentas e duas mil línguas e dialetos aparentados, estendendo-se para o sul, logo abaixo dos limites sudaneses, até o cabo da Boa Esperança, compreendendo as terras que vão do Atlântico ao Índico. Os bantos trazidos para o Brasil eram falantes de várias dessas línguas, sobressaindo-se, principalmente, os de língua quicongo, falada no Congo, em Cabinda e em Angola; o quimbundo, falado em Angola acima do rio Cuanza e ao redor de Luanda; e o umbundo, falada em Angola, abaixo do rio Cuanza e na região de Benguela. A importância dos grupos falantes dessas três línguas na formação do Brasil pode ser aferida pela quantidade de termos que a língua portuguesa aqui falada deles recebeu (Castro, 2001), além de outras contribuições nada desprezíveis, como a própria música popular brasileira. Na esfera das religiões afro-brasileiras, a participação dos bantos foi fundamental, pois é da religiosidade desses povos ou sob sua influência decisiva que se formou no Brasil o candomblé de caboclo baiano e outras variantes regionais de culto ao antepassado indígena, como o catimbó de Pernambuco e da Paraíba, que mais tarde vieram a se reunir na formação da umbanda e que também constituíram uma espécie de contrapartida brasileira ao panteão das divindades africanas cultuadas nos candomblé, no xangô, no batuque e no tambor-de-mina.

As diferentes etnias africanas chegaram ao Brasil em distintos momentos, predominando os bantos até o século XVIII e depois os sudaneses, sempre ao sabor da demanda por mão-de-obra escrava que variava de região para região, de acordo com os diferentes ciclos econômicos de nossa história, e do que se passava na África em termos do domínio colonial europeu e das próprias guerras inter-tribais exploradas, evidentemente, pelas potências coloniais envolvidas no tráfico de escravos. Nas últimas décadas do regime escravista, os sudaneses iorubás eram preponderantes na população negra de Salvador, a ponto de sua língua funcionar como uma espécie de língua geral para todos os africanos ali residentes, inclusive bantos (Rodrigues, 1976). Nesse período, a população negra, formada de escravos, negros libertos e seus descendentes, conheceu melhores possibilidades de integração entre si, com maior liberdade de movimento e maior capacidade de organização. O cativo já não estava preso ao domicílio do senhor, trabalhava para clientes como escravo de ganho, e não morava mais nas senzalas isoladas nas grandes plantações do interior, mas se agregava em residências coletivas concentradas em bairros urbanos próximos de seu mercado de trabalho. Foi quando se criou no Brasil, num momento em que tradições e línguas estavam vivas em razão de chegada recente, o que talvez seja a reconstituição cultural mais bem acabada do negro no Brasil, capaz de preservar-se até os dias de hoje: a religião afro-brasileira.

Assim, em diversas cidades brasileiras da segunda metade do século XIX, surgiram grupos organizados que recriavam no Brasil cultos religiosos que reproduziam não somente a religião africana, mas também outros aspectos da sua cultura na África. Nascia a religião afro-brasileira chamada candomblé, primeiro na Bahia e depois pelo país afora, tendo também recebido, como já disse, nomes locais, como xangô em Pernambuco, tambor-de-mina no Maranhão, batuque no Rio Grande do Sul. Os principais criadores dessas religiões foram negros das nações iorubás ou nagôs, especialmente os provenientes de Oió, Lagos, Queto, Ijexá, Abeocutá e Iquiti, e os das nações fons ou jejes, sobretudo os mahis e os daomeanos. Floresceram na Bahia, em Pernambuco, Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Sul e, secundariamente, no Rio de Janeiro.

Simultaneamente, por iniciativa de negros bantos, surgiu na Bahia uma religião equivalente às dos jejes e nagôs, conhecida pelos nomes de candomblé angola e candomblé congo. A modalidade banta lembra muito mais uma transposição para as línguas e ritmos bantos das religiões sudanesas do que propriamente cultos bantos da África Meridional, tanto em relação ao panteão de divindades e seus mitos como no que respeita às cerimônias e aos procedimentos iniciáticos, mas tem características que fizeram dela uma contribuição essencial na formação do quadro religioso afro-brasileiro: o culto ao caboclo. Ora, os bantos tinham chegado muito tempo antes dos iorubás e dos fons, estavam bastante adaptados aos costumes predominantes no país, falavam a língua portuguesa e tinham assimilado o catolicismo. Mas, num país de escravos, ainda eram considerados africanos, como todos os negros e mestiços, e seu lugar na sociedade, por isso, era à margem; sua identidade ainda era africana. Em outras palavras, eram contraditoriamente brasileiros e africanos ao mesmo tempo. Como africanos meridionais que eram, suas remanescentes tradições os orientavam no sentido de cultuar os antepassados, antepassados que na África banta estavam fixados na terra, de modo que cada aldeia tinha seus próprios ancestrais como parte integrante daquele território geográfico e que usualmente não se deslocavam para outros lugares. Como brasileiros que também já eram, tinham consciência de uma ancestralidade genuinamente brasileira, o índio. Da necessidade de cultuar o ancestral e do sentimento de que havia uma ancestralidade territorial própria do novo solo que habitavam, os bantos e seus descendentes criaram o candomblé de caboclo, que celebrava espíritos dos índios ancestrais (Santos, 1995; Prandi, Vallado e Souza, 2001).

Apesar de os bantos estarem no Brasil havia muito mais tempo, indícios históricos nos levam a crer que é tardia a formação de um candomblé banto de culto a divindades africanas, o qual teria surgido apenas quando os candomblés de orixá e de voduns já estavam organizados ou se organizando. Embora todos os negros e mestiços fossem considerados como iguais, na medida em que ocupavam na sociedade branca posição oficialmente subalterna e marginalizada, as identidades étnicas estavam preservadas nas irmandades religiosas católicas, que reuniam em igrejas e associações específicas os diferentes grupos africanos étnico-linguístico. Pois quando nagôs e jejes reunidos nas irmandades católicas (Silveira, 2000) refizeram no Brasil suas religiões africanas de origem, os bantos os acompanham. Pelas razões que já apontei, sua religião de inquices (divindades ancestrais bantas) teve uma reconstituição muito mais problemática, obrigando-se a empréstimos sudaneses nos planos do panteão, dos ritos e dos mitos.

No campo religioso foi, portanto, dupla a contribuição banta originada na Bahia: o candomblé de caboclo e o candomblé de inquices denominado angola e congo — duas modalidades que se casariam num único complexo afro-índio-brasileiro, povoando, a partir da década de 1960, praticamente o Brasil todo de terreiros angola-congo-caboclo.

Não foi, entretanto, só na Bahia que surgiram os cultos das entidades caboclas. Onde quer que tenham se formados grupos religiosos organizados em torno de divindades africanas, podiam também ser reconhecidos agrupamentos locais que buscavam refúgio na adoração de espíritos de humanos. Esses cultos de espíritos ganharam, evidentemente, feições locais dependentes de tradições míticas ali enraizadas, podendo estas serem mais acentuadamente indígenas, de caráter mais marcado pelo universo cultural da escravidão, ou mesmo mais próximas da mitologia ibérica transplantada para o Brasil colonial. Em cada lugar surgiram cultos a espíritos de índios, de negros e de brancos. Essa tendência foi muito reforçada pela chegada ao Brasil, no finalzinho do século XIX, de uma religião européia de imediata e larga aceitação no Brasil: o espiritismo kardecista.

Em cada uma dessas denominações religiosas caboclas, a concepção dos espíritos cultuados também variou bastante. Na Bahia, por exemplo, o caboclo é o índio que viveu num tempo mítico anterior à chegada do homem branco, mas um índio que conheceu a religião católica e se afeiçoou a Jesus, a Maria e a outros santos; um índio que viveu e morreu neste país — este é o personagem principal do candomblé de caboclo, que, com o tempo agregou outros tipos sociais, sobretudo os mestiços boiadeiros do sertão. A proximidade com religiões indígenas é atestada pela presença ritual do tabaco, tabaco que, antes da chegada das multinacionais do fumo, foi uma das grandes riquezas da Bahia, antigo centro nacional da indústria fumageira e importante produtor de charutos. O charuto é até hoje um símbolo forte dos espíritos caboclos.

Na Paraíba e em Pernambuco, os espíritos, que ali se chamam mestres podiam ser espíritos de índios, de brasileiros mestiços ou brancos, entre os quais se destacavam antigos líderes da própria religião já falecidos, os mestres, designação esta que acabou prevalecendo para designar todo e qualquer espírito desencarnado. Essas manifestações também herdaram das religiões indígenas o uso do tabaco, ali fumado com o cachimbo, usado nos ritos curativos, além da ingestão cerimonial de uma beberagem mágica preparada com a planta da jurema. Catimbó e jurema, os nomes pelos quais essa modalidade religiosa é conhecida resultam desses dois elementos. Catimbó é provavelmente uma deturpação da palavra cachimbo, e jurema, o nome da planta e da sua beberagem sagrada (Bastide, 2001; Brandão e Rios, 2001).

Mais ao norte, no Maranhão e no Pará, os espíritos cultuados são personagens lendários que um dia teriam vivido na Terra mas que, por alguma razão, não conheceram a morte, tendo passado da vida terrena ao plano espiritual por meio de algum encantamento: são os encantados (Ferretti, 1993 e 2001). Essa tradição de encantamento estava e está presente na cultura ocidental (lembremo-nos nas histórias de fadas, com tantos príncipes e princesas encantados), bem como na mitologia indígena. Os encantados são de muitas origens: índios, africanos, mestiços, portugueses, turcos, ciganos etc. Lendas portuguesas de encantaria, como a história do rei português dom Sebastião, que desapareceu com sua caravela na batalha de Alcacequibir em 1578, em luta contra os mouros, e que os portugueses acreditavam que um dia voltaria, estão vivas nessa religião. A luta dos cristãos contra os mouros, tão cara ao imaginário português, se transformou em mitologia religiosa, mas os turcos da encantaria são agora aliados, não inimigos. Elementos da encantaria amazônica, como as histórias de botos que viram gente e vice-versa; lendas de pássaros fantásticos e peixes miraculosos, tudo isso foi compondo, ao longo do tempo, a religião que se convencionou chamar encantaria ou encantaria do tambor-de-mina, no Maranhão (Prandi e Souza, 2001), e sua vertente paraense (Leacock e Leacock, 1975).

Todas essas formas de cultos nascidas no Brasil, que podemos genericamente chamar de religião dos encantados ou religião cabocla, são religiões de transe. As entidades cultuadas se manifestam em transe no corpo de devotos devidamente preparados para isso, tal como ocorre nos cultos dos orixás, voduns e inquices. Como também se dá no conjunto todo das religiões afro-brasileiras, todas desenvolvem ampla atividade mágico-curativa e de aconselhamento oracular, todas elas são dançantes e sua música é acompanhada de tambores e ritmos de origem africana, embora em modalidades como o catimbó a dança tenha sido adotada mais tarde, nesta provavelmente por influência do xangô. Diferentemente das religiões de orixás, voduns e inquices, as religiões caboclas são, contudo, cantadas em português, o que confirma seu caráter brasileiro e mestiço. Em nenhum momento fica escondida a mistura básica que compõe cada uma delas: América, África e Europa, índio, negro e branco, são estas as fontes indispensáveis da sua constituição. E todas elas são sincréticas com o catolicismo, resultado de um momento histórico, o de sua formação no século XIX, em que ninguém podia ser brasileiro se não fosse igualmente católico. O catolicismo era a religião hegemônica, oficial e a única tolerada em solo brasileiro.

Essas três manifestações afro-índio-brasileiras de culto dos ancestrais da terra — candomblé de caboclo, catimbó-jurema e encantaria de mina — não foram evidentemente as únicas. Muitas outras formas locais puderam ser registradas nas diferentes partes do Brasil, tendo sido algumas delas absorvidas por alguma das formas que lograram melhor se expandir e se perpetuar, ou pela umbanda que se formou mais tarde (Senna, 2001). Outras tantas, embora se mantendo com certa autonomia, ajudaram a compor cosmovisões e panteões de religiões irmãs, como no caso da contribuição da pajelança amazônica (Maués e Macambira, 2001) à encantaria de mina. Por todo lado, diferentes expressões locais da religiosidade cabocla se encontraram, se influenciaram, se fundiram e se espalharam.

Não se pode deixar de notar que essas práticas religiosas acabaram por se justapor aos cultos das divindades africanas, estabelecendo com eles relações de simbiose. O candomblé de caboclo acabou se tornando tributário de candomblé angola e congo; a jurema passou a compor com o xangô, sobretudo o de nação xambá; e a encantaria associou-se ao tambor-de-mina nagô. Os grupos religiosos de culto a orixás e voduns mais comprometidos com raízes sudanesas se mantiveram, pelo menos até um determinado momento e em algumas casas de tradição mais ortodoxa, alheios ao culto caboclo. Era mesmo de se esperar que assim fosse, pois o culto caboclo é, desde sua origem, de natureza mestiça.

Por muito tempo tanto os candomblés de divindades africanas e os cultos que giravam em torno de espíritos brasileiros e europeus (isto é, o candomblé de caboclo, a encantaria de mina, o catimbó ou jurema dos mestres) permaneceram mais ou menos confinados a seus locais de origem. Mas logo no início de sua constituição, com o fim da escravidão, muitos negros haviam migrado da Bahia para o Rio de Janeiro, levando consigo suas religiões de orixás, voduns e inquices e também a de caboclos, de modo que na então capital do país reproduziu-se um vigoroso candomblé de origem baiana, que se misturou com formas de religiosidade negra locais, todas eivadas de sincretismos católicos, e com o espiritismo kardecista, originando-se a chamada macumba carioca e pouco mais tarde, nos anos 20 e 30 do século passado, a umbanda. A umbanda e o samba, símbolo maior da nacionalidade mestiça, constituíram-se mais ou menos na mesma época, ambos frutos do mesmo processo, que caracterizou aqueles anos, de valorização da mestiçagem e de construção de uma identidade mestiça para o Brasil que então se pretendia projetar como país moderno, grande e homogêneo, e por isso mesmo mestiço, o “Brasil Mestiço, onde a música samba ocupava lugar de destaque como elemento definidor da nacionalidade”, nas palavras de Hermano Vianna (1995: 20).

A migração para o Rio de Janeiro, que a partir dos anos 50 e 60 seria deslocada para São Paulo, com a nova industrialização, não se resumiu, evidentemente, aos baianos, embora inicialmente eles tenham sido em maior número. Chegava ao Rio gente de todos o Nordeste e também do Norte, cada um trazendo seus costumes, suas crenças, deuses e espíritos. Cultos de mestres e encantados acabaram desaguando fartamente nos terreiros dos caboclos e dos pretos-velhos da chamada macumba carioca, que ia gestando a umbanda numa grande síntese, ali na capital federal da república recém-nascida para onde convergiam as mais diversas manifestações culturais de âmbito regional, e onde essas diferenças regionais e locais foram se apagando para se formar um todo único capaz de representar simbolicamente o Brasil como um todo, como uma única nação, envolvendo todos os seus matizes raciais e as diversas fontes culturais que animavam a construção da brasilidade.

Mais tarde, no final anos 60 e começo dos 70, iniciou-se junto às classes médias do Sudeste a recuperação das raízes de nossa civilização, reflexo de um movimento cultural muito mais amplo, denominado Contracultura. Nos Estados Unidos e na Europa, e daí para o Brasil, esse movimento questionava as verdades da civilização ocidental, o conhecimento universitário tradicional, a superioridade dos padrões burgueses vigentes, os valores estéticos europeus, voltando-se para as culturas tradicionais, sobretudo as do Oriente, e buscando novos sentidos nas velhas subjetividades, em esquecidos valores e escondidas formas de expressão. No Brasil verificou-se um grande retorno à Bahia, com a redescoberta de seus ritmos, seus sabores culinários e toda a cultura dos candomblés. As artes brasileiras em geral (música, cinema, teatro, dança, literatura, artes plásticas) ganharam novas referências, o turismo das classes médias do Sudeste elegeu novo fluxo em direção a Salvador e demais pontos do Nordeste. O candomblé se esparramou muito rapidamente por todo o país, deixando de ser um religião exclusiva de negros, a música baiana de inspiração negra fez-se consumo nacional, a comida baiana, nada mais que comida votiva dos terreiros, foi para todas a mesas, e assim por diante.

Mas o candomblé somente se disseminou pelo Brasil muito tempo depois da difusão da umbanda. Primeiro o Brasil como um todo conheceu e se familiarizou com o culto dos caboclos e outras entidades “humanas” da umbanda, em que os orixás ocupavam uma posição simbólica importante porém menos decisiva no dia-a-dia da religião. Somente mais tarde o candomblé introduziu os brasileiros de todos os lugares numa religião propriamente de deuses africanos. Mesmo assim, os caboclos nunca perderam o lugar que já tinham conquistado. Unidade e diversidade foram preechendo a tessitura nacional da cultura afro-brasileira de âmbito religioso e profano.

Em todos os lugares onde se constituiu o culto ao caboclo, alguns tipos sociais regionais importantes foram incorporados. Foi assim que surgiu, por exemplo, para compor com o tradicional e destemido índio da terra e com o sábio e paciente escravo preto-velho, o caboclo boiadeiro. O boiadeiro é a representação mítica do sertanejo nordestino, o mestiço valente do sertão. É o bravo homem acostumado a lidar com o gado e enfrentar as agruras da seca, símbolo de resistência e determinação. Outro tipo social elevado à categoria de entidade de culto foi o marinheiro. Num país em que as viagens de longa distância, sobretudo entre as capitais da costa, eram feitas por navegação de cabotagem, sendo que todas as novidades eram trazidas pelos navios, o marinheiro era figura muito conhecida e de inegável valor. O marinheiro podia representar ideais de mobilidade e inovação, capacidade de adaptação a cenários múltiplos, amor pela aventura de descobrir novas cidades e outras gentes.

Cada tipo um estilo de vida, cada personagem um modelo de conduta. São exemplos de um vasto repertório de tipos populares brasileiros, emblemas de nossa origem plural, máscaras de nossa identidade mestiça. As entidades sobrenaturais da umbanda não são deuses distantes e inacessíveis, mas sim tipos populares como a gente, espíritos do homem comum numa diversidade que expressa a diversidade cultural do próprio país. Uma vez escrevi que a “umbanda não é só uma religião, ela é um palco do Brasil” (Prandi, 1991: 88). Não estava errado.

A aproximação com o kardecismo foi vital para a formação da umbanda em termos ideológicos (Negrão, 1996). Veio do espiritismo de Kardec a concepção de mundo que proporcionou a remodelação das bases éticas, ou aéticas, da religião afro-brasileira, fosse ela africana ou cabocla. Era o nascimento da umbanda, de feições brancas, porém mestiça, uma nova forma de organizar e unificar nacionalmente as tradições caboclas das religiões afro-brasileiras.

Surgida na cidade do Rio de Janeiro, o primeiro cenário da modernização cultural brasileira e contexto de acelerada mudança e diversificação social, a umbanda foi ao mesmo templo plural e uniforme, uma espécie de linguagem comum num diversificado meio social urbano, integrando negros pobres iletrados e brancos escolarizados de classe média baixa. Sua capacidade de reunir em um só panteão entidades espirituais de diversas origens, a fazia uma representante da diversidade, ao mesmo tempo que homogeneizava os espíritos caboclos em função de seus papéis rituais. A umbanda manteve da matriz africana o culto aos orixás, o transe de possessão e o rito dançado, mas seus ritos, celebrados em português, são bem mais simples e acessíveis. Diferente do modelo africano, sua concepção de mundo é fortemente marcada pela valorização da caridade, isto é, o trabalho desinteressado em prol do outro, muito característico do kardecismo, religião de inspiração cristã no plano dos valores.

O controle moral na umbanda se estende sobre a atividade religiosa de tal modo que as entidades espirituais, os espíritos dos mortos, devem praticar a caridade, ajudando seus fiéis e clientes a resolverem toda sorte de problemas. A noção de que os espíritos vêm à Terra para trabalhar é basilar no kardecismo. Igualmente, as práticas de ajuda mágica vão constituir o centro do ritual umbandista. A incorporação da noção cristã de um mundo cindido entre o bem e o mal, associada à necessidade de praticar a caridade, fez com que a umbanda se afirmasse como religião voltada precipuamente para a prática do bem. Todas as forças religiosas deveriam ser canalizadas na prática da caridade. Isso não impediu, no entanto, que junto à prática do bem pelas entidades do chamado panteão do bem ou da direita, surgisse, desde o início, ainda que de modo escondido, uma “face inconfessa” do culto umbandista: uma espécie de universo paralelo em que as práticas mágicas de intervensão no mundo não sofrem o constrangimento da exigência ética, em que todos os desejos podem ser atendidos. Afinal, a herança africana foi mais forte que a moralidade kardecista e impôs a idéia de que todos têm o direito de ser realizados e felizes neste mundo, acima do bem e do mal.

Foi nesse espaço em que a questão do bem e do mal está suspensa que a umbanda construiu um novo modelo de entidade espiritual denominado exu, freqüentemente associado ao diabo dos cristãos. Os exus-diabos da quimbanda na verdade nem são o demônio cristão nem o orixá Exu do candomblé africano. São espíritos de seres humanos cujas biografias terrenas foram plenas de práticas anti-sociais. É nesse modelo que todas os personagens de moralidade questionável, como as prostitutas e os marginais, são acomodados. Para resumir, o bem conta com entidades do bem, que são os caboclos, os pretos-velhos e outros personagem cuja mitologia fala de uma vida de conduta moralmente exemplar (Concone, 2001). São as entidades da direita. Os de má biografia pertencem à esquerda, não se constrangem em trabalhar para o mal, quando o mal é considerado incontornável. Formam as fileiras dos exus e suas contrapartidas femininas, as pombagiras (Prandi, 2001). Compõem com outros tipos sociais já referidos uma espécie de mostruário plural das facetas possíveis do brasileiro comum. Para não integrar os exus e pombagiras no mesmo espaço das entidades da direita, em que se movimentam os praticantes do bem, a umbanda os reuniu num espaço à parte, num culto que por muitas décadas foi mantido subterrâneo, escondido e negado, a chamada quimbanda. Tipos anti-sociais e indesejáveis sim, mas excluídos não — afinal, cada um com sua espiritualidade e sua força mágica nada desprezível. A umbanda não exclui ninguém, na busca de uma síntese para o Brasil nada pode ser deixado de fora.

No panteão das entidades da esquerda, as mulheres ganharam um lugar especial. As religiões tradicionais sempre trataram as mulheres como seres perigosos, voltadas para o feitiço, para o desencaminhamento dos homens, fontes de pecado e perdição. É o que nos conta o mito bíblico judaico-cristão de Eva e toda a tradição iorubá das velhas mães feiticeiras, as Iá Mi Oxorongá. As pombagiras teriam sido mulheres de má vida; elas desconhecem limites para a ação e são capazes, a fim de atender os desejos de seus devotos e de sua vasta clientela, de fazer o mal sem medir as conseqüências. As famosas pombagiras, os exus femininos, foram em vida mulheres perdidas, prostitutas, cortesãs, companheiras bandidas dos bandidos amantes, alcoviteiras e cafetinas, jogadoras de cassino e artistas de cabaré, atrizes de vida fácil, mulheres dissolutas, criaturas sem família e sem honra. A elas coube sobretudo a fatia da magia relacionada a assuntos amorosos. No fundo, o culto ao panteão dos exus e pombagiras aponta para a redenção de tipos sociais usualmente rejeitados, com a assunção de perversões da alma que se enredam na vida real e na fantasia do homem e da mulher comuns.

Como já disse, a umbanda é resultante de um processo de síntese, de uniformização. A inclusão em seus panteão de personagens dos cultos caboclos regionais teve que obedecer ao modelo dicotômico da direita e da esquerda, e isso provocou transformações radicais em muitas entidades que migraram para a umbanda. Assim Zé Pelintra, por exemplo, que na origem é um mestre do catimbó, foi, no Rio de Janeiro, transmutado em exu, trabalhando para a esquerda. Igualmente Maria Padilha, originalmente também mestra da jurema, foi feita pombagira de renome e sucesso nas giras de quimbanda. Até mesmo a encantada Cabocla Mariana, filha do Rei da Turquia, figura famosa da encantaria do tambor-de-mina, muito festejada tanto Maranhão quanto no Pará (Leacock e Leacock, 1975), viu-se em São Paulo quase transformada em pombagira. O mesmo aconteceu com muitos outros guias espirituais.

Uma vez que a umbanda foi se alastrando pelo Brasil inteiro, os cultos caboclos regionais, que se mantiveram vivos em seus locais de origem, começaram a passar por um processo de umbandização. Hoje, no sertão do Nordeste, quiçá no Brasil todo, é difícil ver um culto de jurema que não seja no interior de um terreiro de umbanda. Até na Bahia, exus da quimbanda dançam em velhos terreiros do candomblé de caboclo (Assunção, 2001; Caroso e Rodrigues, 2001; Shapanan, 2001). Com o grande trânsito que hoje existe em todo o universo religioso afro-brasileiro, personagens como os referidos Zé Pelintra e Maria Padilha retornam aos seus locais de origem completamente transformados.

Mas essa história ainda não terminou. Há algum tempo o pluralismo religioso brasileiro vem se desenvolvendo amplamente, possibilitando a criação de um mercado mágico-religioso em que as religiões afro-brasileiras se expandem e ganham maior visibilidade. Cada vez mais as escolhas religiosas são livres e as religiões ampliam suas ofertas religiosa, adequando-se aos novos tempos, novos mercados, novos gostos religiosos. Por todo lado há novas religiões, novos santos, novos deuses. Nos dias de hoje, a religião tem que se atualizar para poder competir com as outras. A sociedade em permanente mudança impõe um novo movimento de valorização da diversidade cultural. Os antigos cultos caboclos de caráter regional vão também se tornando conhecidos nos mais diferentes rincões do país e suas entidades ganham o status de objetos de culto de âmbito nacional. Caminhos se refazem, personagens se reconstituem. Não é mais tempo de buscar uma identidade brasileira que seja única, homogênea, capaz de representar a nacionalidade num só símbolo, como ocorreu nos anos 20 e 30 do século passado. No final do século XX, alvorecer do XXI, quando a umbanda já é quase centenária, importa agora enfatizar as diferenças, manter as especificidades, festejar o pluralismo.

Nossos personagens sagrados, nossos mestiços espíritos caboclos da umbanda também ganham novas feições nesse novo processo de busca da diversidade, pois é preciso sempre se atualizar. O caboclo e o preto-velho são as entidades fundantes da umbanda e continuam sendo ainda as mais cultuadas. Índio e negro são matrizes tanto do povo brasileiro como dessa religião, mas, já no contexto do Brasil urbano contemporâneo, em que o catolicismo já perdeu cerca de um quarto de seus seguidores e seus modelos de moralidade dual perdem importância na sociedade, outro tipo social vem ganhando cada vez mas adeptos no universo umbandista: o baiano (Souza, 2001). Surgido nas últimas décadas, o baiano já ganhou significativa popularidade. Sua origem mítica remete aos velhos pais-de-santo da Bahia, aos homens negros e mulatos das cidades litorâneas do Brasil, sobretudo migrantes residentes no Rio de Janeiro. São em grande parte personagens da chamada malandragem carioca, pouco afeitos às convenções sociais, mas que não chegam a ser interesseiros e maus-caracteres nem arruaceiros e perigosos como os exus da quimbanda. Nem tampouco são exímios curandeiros como os caboclos ou sábios conselheiros como os pretos-velhos. Estão exatamente na fronteira entre o bem e o mal, apagando essa distinção dicotômica moral. E rapidamente a umbanda vai deixando se fazer distinção entre esses dois lados, o do bem e o do mal, reassumindo a visão africana de que tudo anda junto, tudo é ambíguo e contraditório. Talvez por isso os baianos vêm sendo tão valorizados. Eles são símbolos exemplares do novo caráter de síntese moral umbandista que vai abandonando a dualidade cristã. Assim, apaga-se a fronteira entre a direita e a esquerda, e os exus e as pombagiras vão deixando de ser vistos como entidades perigosas, suspeitas e socialmente indesejáveis, cujo culto devia ser mantido secreto, escondido. Zé Pelintra e Maria Padilha, nossos emblemáticos migrantes, já podem voltar a ser mestres da jurema, simplesmente. A encantada Mariana pode continuar a ser a Bela Turca.

A flexibilidade e a enorme capacidade de adaptação da religião mestiça afro-brasileira estava já, evidentemente, inscrita no seu nascedouro: é esta a herança dos bantos escravizados no Brasil e seus descendentes. Seus seguidores nos dias de hoje já não são mais necessariamente nem bantos e nem negros, mas brasileiros de todas as origens raciais que partilham desse universo religioso mestiço. São adeptos dos encantados caboclos que se reúnem em congressos e seminários para discutir o caráter de suas entidades e guias espirituais e questionar suas raízes, reafirmando sua crença em sua religião. Os fiéis crêem que seus caboclos, mestres e encantados, de todas as origens, seguem em sua dança de transe, abrindo-lhes o caminho na religação deste mundo material e passageiro dos humanos ao mundo eterno e espiritual habitado pelos deuses.

Reginaldo Prandi é Professor Titular de Sociologia da Universidade de São Paulo. Em 2001 recebeu o Prêmio Érico Vannucci Mendes, outorgado pelo CNPq, SBPC e Minc, pela sua contribuição à preservação da memória cultural afro-brasileira, e o Prêmio União na Diversidade, conferido pelo Intecab, Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afro-Brasileira. Em 2002 teve dois livros indicados para o Prêmio Jabuti: Mitologia dos orixás, na categoria ciências humanas, e Os príncipes do destino, na categoria infanto-juvenil. Publicou também outros livros, como Os candomblés de São Paulo, Herdeiras do axé, Um sopro do Espírito, A realidade social das religiões no Brasil, este em co-autoria com Antônio Flávio Pierucci, Encantaria brasileira, do qual é organizador, e Ifá, o Adivinho.

Extraído de: Triângulo da Fraternidade

Artigo original em: A dança dos caboclos – uma síntese do Brasil segundo os terreiros afro-brasileiros

Final de ano

A Casa não funcionará do dia 23/12/2017 ao dia 02/01/2018 devido ao recesso de final de ano. Boas festas!

Saudações a Exú

O texto de hoje aponta algumas expressões idiomáticas e gestuais presente nos cultos a Exu na Umbanda e religiosidades afro-brasileiras. Nessa pesquisa o Blog Umbanda EAD levantou os significados de cada saudação e como elas são manifestadas no culto ao Orixá e entidade Exu.

Laroiê Exu!
A clássica saudação utilizada tanto para os Exus como para Pombagiras, é um termo que tem sua origem no grupo africano étnico-linguístico nagô-iorubá, e remete a algo como ‘Salve o mensageiro’, ‘Olhe por mim Exu’ e ‘Me guarde’

Mojubá 
No artigo ‘O Universo e sua existência segundo o yorubá‘, Roberto Lins e Genilson Leite da Silva explicam que a etimologia dos nomes de Deus presentes na cultura nagô-iorubá sempre irão definir uma intenção ou característica invocada no momento da fala. Por isso, para essa língua quando se diz o “nome de Deus” ele sempre vai trazer a entonação de saudação à divindade e à sua particularidade.

Com os Orixás isso acontece mais claramente, por exemplo quando invocamos o nome de Xangô dizemos Kaô Kabecilê Xangô, que exprime além da saudação ao Orixá, sua característica enquanto rei.

No caso do Mojubá, ele é inserido na frase quando queremos dizer algo como ‘à vós meus respeitos’ , ‘eu te saúdo’ ou ‘eu o reconheço como superior’, por isso é comum saudar Exu evocando esse termo.

Elegbara ou Bará 
É uma das qualidades atribuídas a divindade Exu na cultura africana, algumas casas também utilizam o vocábulo como saudação a entidade.

Elégbára réwà, a sé awo
O Senhor da Força é bonito, vamos cultua-lo
Bará Olóònòn àwa fún àgò
Exu do corpo, senhor dos Caminhos dê licença
E Elégbára Elégbára Èsú Aláyé
Senhor da Força, Senhor do Poder
Cumprimentamos o rei do mundo

No livro ‘Esu’ de Juana Elbein e Deoscoredes Maximiliano, os autores dedicam um capítulo inteiro a pesquisa sobre essa qualidade de Exu nas tradições africanas e afro-brasileiras, onde os autores pontuam que Bará é considerado um Exu pessoal “se alguém não possuir seu Exu no corpo, este alguém não poderia existir, ele nem saberia que está vivo – em outras palavras, ele não se reconheceria como ser, com vida própria, ele continuaria à massa de matéria indiferenciada“.

Elegbara portanto, remete a característica de força e virilidade de Exu, na cultura Jeje, onde o termo se originou ele é representado por um falo (ogó) e os itans provenientes dessa cultura falam sobre “elegbara aquele que é possuidor do poder“.

Ina Ina 
O termo de origem iorubá é pronunciado como ‘inã‘ e sua etimologia evoca algo sobre Exu do fogoou algo que se relacione com essa característica. Como no caso de Elegbara, essa é uma saudação a uma das características que fazem parte do mistério Exu.

Odara
Termo usado para dizer sobre tudo que é bonito, que carrega beleza e faz bem. No Candomblé estar Odara é algo muito importante, por isso as roupas e ornamentos usados pelos Orixás no Xirê são impecavelmente produzidos pelos filhos de santo num gesto de dedicação e reverência aos deuses africanos.

Ninguém quer ficar com a saia murcha, porque se não é Odara é sinal de desleixo.

Patricia Globo

Em algumas manifestações, Odara também é um Exu e essa terminologia irá simbolizar um exu de guia, um exu que abre os caminhos e que está a frente.

Ojixé 
É a qualificação de Exu que remete a sua regência sobre os caminhos.

A pàdé olóònòn e mo juba Òjísè
Vamos encontrar o Senhor dos Caminhos
Meus respeitos àquele que é o mensageiro
Àwa sé awo, àwa sé awo, àwa sé awo
Vamos cultuar, vamos cultuar, vamos cultuar
Mo júbà Òjisè
Meus respeitos àquele que é o mensageiro

Patrono da comunicação das trocas de mensagens, o mensageiro, Ojixé é o senhor dos caminhos, L’onã.

O significado de oralidade em contextos pluriculturais, Marco Aurélio Luz

Koba Laroyê
É comum que se saúde Exu acrescentando o termo Kobá e em algumas casas ele se une ao laroiê, formando a expressão Koba Laroyê Exu! À esse termo entende-se a reverência ao Rei (Kobá) Exu e também pode ser percebida quando a falange de Exu Rei está em terra.

Para algumas casas, normalmente as de culto de nação essa é prioritariamente a primeira saudação feita ao Orixá Exu.

Expressões corporais
Além das expressões idiomáticas, existem também alguns gestos que contemplam a saudação à Exu. A mais comum talvez seja a que a pessoa com os dedos entrelaçados e as palmas das mãos apontadas para o chão realiza movimentos circulares. Outra saudação comum é o movimento das mãos parcialmente fechadas (encolhidas) apontada para o solo, com os dedos retraídos, encostando as costas das mãos ou os punhos um no outro, três vezes.

Observa-se também durante os ritos o gesto de – com os punhos cruzados – bater as costas das mãos três vezes ao chão. Todas essas expressões corporais, além de carregarem valores culturais também evocam os fundamentos da força de Exu, onde ao se voltar para o chão estamos ativando a energia telúrica que faz parte desse mistério.

Também veremos o bater três vezes de palmas e pés no chão, movimentos que evocam a tripolaridade, que é qualidade dessa divindade “além do polo positivo e negativo, há uma faixa neutra, que os divide e esta é chamada de polo neutro. Essa qualidade de Exu está no macro, no espaço infinito de Oxalá e no micro, num átomo” Rubens Saraceni em Livro de Exu – Mistério Revelado.

Fonte: Blog Umbanda EAD

Prece de Cáritas

A prece de Cáritas tem sido constantemente orada por várias gerações de espíritas, umbandistas e espiritualistas de diversas partes do globo. Quando recitada com a entonação correta, é uma prece de proteção extremamente eficaz, mesmo para iniciantes.

Não se pode dizer quem de fato foi esse Espírito de Cáritas quando encarnado. Há quem diga, por tradição, que, no passado, esse tenha sido a figura de Irene, que foi martirizada em Roma no ano 305d.c., quando das perseguições do Imperador Diocleciano. Canonizada por sua religião, veio a ser conhecida como Santa Irene – ela e suas irmãs foram convertidas ao Cristianismo. Diocleciano determinou perseguição aos cristãos, e ela foi acusada de possuir “livros proibidos” e, por isso condenada à fogueira, enquanto suas irmãs foram degoladas à sua frente.

O Espírito de Cáritas era um espírito que se comunicava através da médium Madame Watteville Krell, num grupo de Bordeaux (França de Allan Kardec), sendo ela uma das maiores psicografas da história do espiritismo. A prece de Cáritas foi psicografada na noite de 25 de dezembro, de 1873. Não se encontra no livro ” O Evangelho Segundo o Espiritismo”, mas ela (a prece) está no livro “Rayonnements la Vie Spirituelle”, de autoria da W. Krell , que além dessa prece, psicografou também as comunicações: “Como servir a religião espiritual”e “A esmola espiritual”. . Esse livro ainda é editado na Bélgica.

Wallace Leal V. Rodrigues, que foi um dos que traduziram a prece, se valeu da segunda edição do livro referido, editado pela Union Spirite Belga/1949. Nessa edição a palavra é CARRIT. Segundo ele, como em francês ou francês-belga não há duplo erre (RR), o nome correto para o Espírito seria Cárita. Devido ao aportuguesamento desse vocábulo, acabou por ficar Cáritas, como é mais conhecido no Brasil. Nas traduções de O Evangelho Segundo o Espiritismo manteve-se Cárita.

Prece de Cáritas

“Deus nosso Pai, que Sois todo poder e bondade, dai força àqueles que passam pela provação, dai luz àqueles que procuram a verdade, e ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus, dai ao viajante a estrela Guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai, dai ao culpado o arrependimento, ao espírito, a verdade, à criança o guia, ao órfão, o pai.
Que a vossa bondade se estenda sobre tudo que criaste.
Piedade, Senhor, para aqueles que não Vos conhecem, e esperança para aqueles que sofrem.
Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores, derramarem por toda à parte a paz, a esperança e a fé.
Deus, um raio, uma faísca do Vosso divino amor pode abrasar a Terra, deixai-nos beber na fonte dessa bondade fecunda e infinita, e
todas as lagrimas secarão, todas as dores acalmar-se-ão.
Um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.
Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh! bondade, Oh! Poder, Oh! beleza, Oh! perfeição, queremos de alguma sorte merecer Vossa misericórdia.”

Fonte: UTHIS

Recesso anual

As giras de quartas e sextas estarão em recesso nos dias 12, 14, 19 e 21 de julho de 2017.

Recesso anual

As giras de sábado estarão em recesso nos dias 25 de fevereiro e 4 e 11 de março de 2017.

Recesso anual

A Casa não funcionará do dia 21/12/2016 até 31/12/2016 devido ao recesso de final de ano. Feliz Natal!

História da Umbanda

Escrever sobre Umbanda sem citarmos Zélio Fernandino de Moraes é praticamente impossível. Ele, assim como Allan Kardec, foram os intermediários escolhidos pelos espíritos para divulgar a religião aos homens. Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de abril de 1891, no distrito de Neves, município de São Gonçalo – Rio de Janeiro. Aos dezessete anos, quando estava se preparando para servir as Forças Armadas através da Marinha, aconteceu um fato curioso: começou a falar em tom manso e com um sotaque diferente da sua região, parecendo um senhor com bastante idade.

A princípio, a família achou que houvesse algum distúrbio mental e o encaminhou ao seu tio, Dr. Epaminondas de Moraes, Diretor do Hospício de Vargem. Após alguns dias de observação e não encontrando os seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu à família que o encaminhassem a um padre para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estivesse possuído pelo demônio. Procuraram, então, também um padre da família que após fazer ritual de exorcismo não conseguiu nenhum resultado.

Tempos depois Zélio foi acometido por uma estranha paralisia, para o qual os médicos não conseguiram encontrar a cura. Passado algum tempo, num ato surpreendente Zélio ergueu-se do seu leito e declarou: “Amanhã estarei curado”. No dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido. Nenhum médico soube explicar como se deu a sua recuperação. Sua mãe, D. Leonor de Moraes, levou Zélio a uma curandeira chamada D. Cândida, figura conhecida na região onde morava e que incorporava o espírito de um preto velho chamado Tio Antônio.

Tio Antônio recebeu o rapaz e fazendo as suas rezas lhe disse que possuía o fenômeno da mediunidade e deveria trabalhar com a caridade. O Pai de Zélio de Moraes, Sr. Joaquim Fernandino Costa, apesar de não freqüentar nenhum centro espírita , já era um adepto do espiritismo, praticante do hábito da leitura de literatura espírita . No dia 15 de novembro de 1908, por sugestão de um amigo de seu pai, Zélio foi levado a Federação Espírita de Niterói. Chegando na Federação e  convidados por José de Souza, dirigente daquela Instituição, sentaram-se à mesa. Logo em seguida, contrariando as normas do culto realizado, Zélio levantou-se e disse que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde realizava-se o trabalho.

Tendo-se iniciado uma estranha confusão no local, ele incorporou um espírito e simultaneamente diversos médiuns presentes apresentaram incorporações de caboclos e pretos velhos. Advertidos pelo dirigente do trabalho, a entidade incorporada no rapaz perguntou:

” Por que repelem a presença dos citados espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas mensagens? Seria por causa de suas origens sociais e da cor?”

Após um vidente ver a luz que o espírito irradiava perguntou:

” Por que o irmão fala nestes termos, pretendendo que a direção aceite a manifestação de espíritos que, pelo grau de cultura que tiveram quando encarnados, são claramente atrasados? Por que fala deste modo, se estou vendo que me dirijo neste momento a um jesuíta e a sua veste branca reflete uma aura de luz? E qual o seu nome meu irmão?”

Ele responde:

Se julgam atrasados os espíritos de pretos e índios, devo dizer que amanhã estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto em que estes pretos e índios poderão dar sua mensagem e, assim, cumprir a missão que o plano espiritual lhes confiou. Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados. E se querem saber meu nome que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não haverá caminhos fechados para mim.”

O vidente ainda pergunta:

” Julga o irmão que alguém irá assistir a seu culto?”

Novamente ele responde;

Colocarei uma condessa em cada colina que atuará como porta-voz, anunciando o culto que amanhã iniciarei.”

Depois de algum tempo todos ficaram sabendo que o jesuíta que o médium verificou pelos resquícios de sua veste no espírito, em sua última encarnação foi o Padre Gabriel Malagrida.

No dia 16 de novembro de 1908, na rua Floriano Peixoto, 30 · Neves · São Gonçalo · RJ, aproximando-se das 20:00 horas, estavam presentes os membros da Federação Espírita , parentes, amigos e vizinhos e do lado de fora uma multidão de desconhecidos. Pontualmente às 20:00 horas o Caboclo das Sete Encruzilhadas desceu e usando as seguintes palavras iniciou o culto:

Aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de pretos velhos africanos, que haviam sido escravos e que desencarnaram não encontram campo de ação nos remanescentes das seitas negras, já deturpadas e dirigidas quase que exclusivamente para os trabalhos de feitiçaria, e os índios nativos da nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno será a característica principal deste culto, que tem base no Evangelho de Jesus e como mestre supremo Cristo”.

Após estabelecer as normas que seriam utilizadas no culto e com sessões diárias das 20:00 às 22:00 horas, determinou que os participantes deveriam estar vestidos de branco e o atendimento a todos seria gratuito. Disse também que estava nascendo uma nova religião e que chamaria Umbanda. O grupo que acabara de ser fundado recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade e o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse as seguintes palavras:

Assim como Maria acolhe em seus braços o filho, a tenda acolherá aos que a ela recorrerem as horas de aflição; todas as entidades serão ouvidas, e nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas e nem diremos não, pois esta é a vontade do Pai”.

Ainda respondeu perguntas de sacerdotes que ali se encontravam em latim e alemão. Caboclo foi atender um paralítico, fazendo este ficar curado. Passou a atender outras pessoas que havia neste local, praticando suas curas. Nesse mesmo dia incorporou um preto velho chamado Pai Antônio, aquele que, com fala mansa, foi confundido como loucura de seu aparelho e com palavras de muita sabedoria e humildade e com timidez aparente, recusava-se a sentar-se junto com os presentes à mesa dizendo as seguintes palavras: “- Nêgo num senta não meu sinhô, nêgo fica aqui mesmo. Isso é coisa de sinhô branco e nêgo deve arrespeitá”. Após insistência dos presentes fala:

Num carece preocupá não. Nêgo fica no toco que é lugá di nêgo”.

Assim, continuou dizendo outras palavras representando a sua humildade. Uma pessoa na reunião pergunta se ele sentia falta de alguma coisa que tinha deixado na terra e ele responde:

Minha caximba, nêgo qué o pito que deixou no toco. Manda mureque buscá”.

Tal afirmativa deixou os presentes perplexos, os quais estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento de trabalho para esta religião. Foi Pai Antonio também a primeira entidade a solicitar uma guia, até hoje usadas pelos membros da Tenda e carinhosamente chamada de”Guia de Pai Antonio”.

No outro dia formou-se verdadeira romaria em frente a casa da família Moraes. Cegos, paralíticos e médiuns que eram dado como loucos foram curados. A partir destes fatos fundou-se a Corrente Astral de Umbanda. Após algum tempo manifestou-se um espírito com o nome de Orixá Malé, este responsável por desmanchar trabalhos de baixa magia, espírito que, quando em demanda era agitado e sábio destruindo as energias maléficas dos que lhe procuravam.

Dez anos depois, em 1918, o Caboclo das Sete Encruzilhadas, recebendo ordens do astral, fundou sete tendas para a propagação da Umbanda, sendo elas as seguintes:

• Tenda Espírita Nossa Senhora da Guia
• Tenda Espírita Nossa Senhora da Conceição
• Tenda Espírita Santa Bárbara
• Tenda Espírita São Pedro
• Tenda Espírita Oxalá
• Tenda Espírita São Jorge
• Tenda Espírita São Jerônimo

As sete linhas que foram ditadas para a formação da Umbanda são: Oxalá, Iemanjá, Ogum, Iansã, Xangô, Oxossi e Exu. Enquanto Zélio estava encarnado, foram fundadas mais de 10.000 tendas a partir das acima mencionadas. Zélio nunca usou como profissão a mediunidade, sempre trabalhou para sustentar sua família e muitas vezes manter os templos que o Caboclo fundou, além das pessoas que se hospedavam em sua casa para os tratamentos espirituais, que segundo o que dizem parecia um albergue. Nunca aceitar a ajuda monetária de ninguém era ordem do seu guia chefe, apesar de inúmeras vezes isto ser oferecido a ele. O ritual sempre foi simples.

Nunca foi permitido sacrifícios de animais. Não utilizavam atabaques ou qualquer outros objetos e adereços. Os atabaques começaram a ser usados com o passar do tempo por algumas das Tendas fundadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, mas a Tenda Nossa Senhora da Piedade não utiliza em seu ritual até hoje. As guias usadas eram apenas as determinadas pelas entidades que se manifestavam. A preparação dos médiuns era feita através de banhos de ervas e do ritual do amaci, isto é, a lavagem de cabeça onde os filhos de Umbanda fazem a ligação com a vibração dos seus guias.

Após 55 anos de atividade, entregou a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia, as quais até hoje os dirigem.

Mais tarde, junto com sua esposa Maria Isabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo, fundaram a Cabana de Pai Antonio no distrito de Boca do Mato, Cachoeira do Macacú·RJ. Eles dirigiram os trabalhos enquanto a saúde de Zélio permitiu. Faleceu aos 84 anos, no dia 03 de outubro de 1975.

Dia 16 de setembro de 2010, faleceu Dona Zilméia de Moraes, a única dos quatro filhos de Zélio de Moraes, fundador da Umbanda, que ainda estava encarnada. Fica mais órfã a Umbanda a partir de agora. Deixamos aqui nossa homenagem a essa querida e doce mãe de santo. Saravá!

Fonte: Terreiro do Pai Maneco

Nota de falecimento

Queridos Irmãos

Infelizmente venho confirmar em nome da Aldeia de Umbanda Mamãe Oxum e Pai André, o falecimento de nosso grande irmão Sr. Roldão na madrugada desta noite.

O velório será a partir do meio dia no Cemitério Chora Menino e o enterro será amanhã as 8h da manhã no Cemitério Cachoeirinha.

Por gentileza, avisem os conhecidos.

Atenciosamente, Juliana Passarella (Secretária AUMOPA)

Dicionário da Umbanda

Àdúrà: É a reza de súplicas, dos pedidos.

Agô: Pedido de Licença.

Akué: Dinheiro.

Alguidar: Vasilha de barro.

Amaci: Líquido preparado de ervas sagradas. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns.

Aruanda: Local do plano espiritual onde habitam guias e orixás que trabalham na umbanda.

Atibaia: Água.

Axé: Força mágica, representa a “cobertura espiritual ou “egrégora”.

Axogum: Literalmente, o possuidor do axé de Ogum.

Azudo: Anjo da guarda.

Banda: Esse termo vem da palavra em Quimbundo(dialeto angolano) MBANDA, e significa preceito ou fundamento religioso. Devido a uma palavra sânscrita BANDHA, pode significar laço, vínculo ou religião. Na Umbanda essa palavra é usada mais com esses últimos significados.

Bater cabeça: É um ato de profundo respeito, uma forma de saudação que se faz ao pé do Gongá.

Breve: Amuleto usado por dentro da roupa ou dentro de bolsas,carteiras, etc, para proteção.

Cacarucai: Indivíduo (encarnada ou desencarnada) muito idosa. É usada a forma CACARUCAIA, quando se trata de feminino. Usam-se também as formas CACURUCAI e CACURUCAIA.

Calunga Grande: Praia.

Calunga pequena: Cemitério.

Cambono: Nome dado a pessoa que atende as entidades incorporadas. Pode ser chamado também de Cambondo.

Campo santo: Cemitério.

Camutuê: Cabeça.

Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.

Casa grande: Cemitério.

Casa santa: Cemitério.

Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades. É o médium.

Cazuá: Terreiro, templo, local.

Coco: Cabeça.

Demanda: Disputa, questão, briga, desentendimento.

Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.

Dois Dois: Nome pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiliano; também são assim designados os santos Cosme e Damião. Orixá africano IBEJI. Falange das crianças, na Umbanda.

Egun: Nome genérico que se dá aos espíritos desencarnados. Isto é, espirito dos mortos.

Entidades: em número incalculável, subordinados a um guia chefe.

Falange: Na Umbanda, é uma subdivisão de linha, onde se agrupam

Fechar a Gira: O mesmo que encerrar os trabalhos em um terreiro. Encerrar a sessão.

Feitiço: Feitiço é o mesmo que encantamento.

Firmar Ponto: É o ato de um Guia ou Entidade riscar seu ponto.

Fundamento: Base, razão de ser.

Fundanga: É o mesmo que pólvora.

Gira ou Engira: Sessão religiosa.

Gongá: Altar de Umbanda.

Guia I: Entidade espiritual de grande elevação, luminosidade e evolução que se apresenta pelos médiuns, nos terreiros de Umbanda, para fazer a caridade.

Guia II: Colar feito de conchas, contas, sementes, pedras ou metais, utilizados nos terreiros de Umbanda e dos cultos afros-brasileiros,p elos médiuns ou pelas entidades, como ponto de fixação de forças, proteção ou distintivo.

Ibejada: Nome dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme a crença geral, nos cultos afro-brasileiros e na Umbanda, as falanges dos Orixás gêmeos africanos.

Ibejis: Corruptela de IBEJI, Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião.

Indáia – Mulher.

Jimbo – Dinheiro.

Jurema: Local sagrado, como Aruanda, onde se encontram os Caboclos.

Macaia: Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.

Macumba: Instrumento músico de percussão dos negros.

Macumbeiro: Aquele que pratica a macumba, ou seja, que toca o instrumento ou aprecia seu toque. Com o passar dos anos, as sessões em si passaram a ser chamadas de chamadas de “macumba” (errado). Despachos passaram a ser chamados de macumba (pelos totalmente leigos). O termo vou à macumba até poderia ser usado, se fosse no sentido de apenas ir ouvir o toque dos instrumentos.

Marafo/Marafa: cachaça

Menga: Sangue.

Ofò:  Rezas de encantamento.

Ori:  Cabeça.

Oríkì:  frases ou poemas que são formados para saudar(homenagear) o orixá referindo-se a sua origem, sua ancestralidade, suas histórias.

Orin:  Cânticos, cantos ou mesmo as cantigas.

Oti: Cachaça.

Pataco: Dinheiro.

Patuá: Amuleto. Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora. Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné,Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações.

Pavio:  Vela.

Perna de calça:  Homem.

Pemba: Pedaço de giz usado para riscar os pontos das entidades.

Pito:  Cigarro, cachimbo.

Ponto riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.

Sebo:  Vela.

Toco:  Banco.

Trabucadô:  Trabalhador.

Trabucar:  Trabalhar.

Tupã: Deus.

Zambi: Deus.

Arcanjo Rafael

Rafael (do hebraico רָפָאֵל, transl. Rāp̄āʾēl, “Deus cura”) é considerado o portador da cura Divina. Também há indícios de que ele seja um dos responsáveis pela transição do corpo e espírito, a cura divina também pode ser entendida como a morte. Rafael também conhecido como São Rafael Arcanjo, é o nome de um arcanjo comum às religiões judaica, cristã e islâmica, responsável por executar todos os tipos de cura(física,psíquica ou espiritual). Enviado por Deus para curar em Seu Nome, Rafael significa “Deus cura” em hebraico; a palavra correspondente a médico é Rophe.

Na Bíblia, o Arcanjo Rafael é citado no Antigo Testamento, no Livro de Tobias. É narrado que quando Tobit, pai de Tobias e homem de grande caridade,passou pela provação da cegueira e de todos lhe questionarem a fé, juntamente quando Sara era atormentada por um demônio que matava seus maridos nas núpcias. Então, ambos rezaram a Deus e foram ouvidos; e foi Rafael que foi enviado para lhes prestar socorro. São Rafael tomou a forma humana, se fez chamar Azarías e acompanhou Tobias em sua viagem, ajudando-o em suas dificuldades, guiando-o por todo o caminho e auxiliando-o a encontrar uma esposa da mesma linhagem. Então, o Arcanjo explicou ao jovem Tobias que poderia casar-se com Sara sem perigo algum. E, por fim, ao retornarem esclareceu como ele poderia curar o pai da cegueira. No livro de Tobias o próprio arcanjo se descreve como “um dos sete que estão na presença do Senhor”.

No capítulo 12, Rafael se dá a conhecer, se apresentando como anjo (arcanjo) de Deus (Tb 12,15) “Eu sou Rafael, um dos sete santos anjos que assistem e têm acesso à majestade do Senhor”.

 

ORAÇÃO AO ARCANJO RAFAEL

Arcanjo Rafael, Arcanjo da Cura, que ministras a cura aos que estão cativos,
Guia os nossos passos enquanto caminhamos em direção à luz;

Vem sobre o nosso ser e ministras toda a força de cura do Senhor Nosso Deus.

Pedimos, Arcanjo Rafael, que vás ao encontro daqueles que estão enfermos, que estão padecendo; de forma especial, que vás àqueles pelos quais estamos intercedendo.

Que teus anjos ministrem o remédio que eles precisam em suas dores.

Vem, até mesmo, levantar aquele que está caído.

Ó Pai amado, pedimos que designes São Rafael e todas as suas milícias para que estejam ao lado destes pelos quais intercedemos.

Arcanjo Rafael, rogai por cada um de nós.

Fontes: Wikipedia e Nossa Sagrada Família

Recesso anual

As giras de sexta estarão em recesso nos dias 8, 15 e 22 de julho de 2016.

Recesso anual

As giras de quarta estarão em recesso nos dias 6, 13 e 20 de julho de 2016.

Perdão

“Perdoar não é esquecer, não é justificar, não é minimizar e nem reconciliar-se. Perdoar é um processo pessoal sem esperar nada do outro. Perdoamos para não ficarmos presos ao passado; perdoar é seguir em frente e não deixar que o mal do passado afete o seu presente.”

Perdão liberado é pétala de rosa, perdão retido é tumor

Se existe algo que me conforta mais do que qualquer outra coisa é ter a certeza de que sou capaz de perdoar. Eu tentei e consegui perdoar. De fato, agora eu sei que perdoando me salvei, porque essa era a única maneira de me reencontrar.

Perdoar a quem me magoou significou uma mudança de vida; deixei de pensar em você com rancor para pensar em mim com amor.

“Não existe nada melhor do que reencontrar-se consigo mesmo e perdoar a outra pessoa, quer ela tenha razão ou não. Quando as pessoas magoam alguém, normalmente é porque não sabiam agir de outra forma, por medo ou por qualquer outro motivo. Então, perdoar é uma coisa maravilhosa.” – Marwan

Salve a si mesmo

Aceitar que alguém nos machucou por dentro e tentar mudar implica um choque emocional muito grande. Nesse momento nos sentimos sozinhos e parece que só nos restam duas opções pela frente.

Por um lado, a maneira mais fácil parece ser deixar o tempo curar as feridas e acreditar que ele pode perdoar por nós. Por outro lado, temos o desafio de enfrentar a dor e perdoar.Com o passar dos anos me dei conta de que o segundo caminho é o mais correto.Quando perdoamos deixamos de pensar na ferida com ódio e rancor, para pensar somente na cicatriz.

“Perdoar não é esquecer, não é justificar, não é minimizar e nem reconciliar-se. Perdoar é um processo pessoal sem esperar nada do outro. Perdoamos para não ficarmos presos ao passado; perdoar é seguir em frente e não deixar que o mal do passado afete o seu presente”. – Anônimo

O perdão é um convite ao amor próprio e a nossa salvação. Salvar-se da dor e superar os maus momentos para crescer, aprender a ser uma pessoa melhor e valorizar o que temos.

Perdoar me torna uma pessoa melhor

Por que perdoar nos faz crescer? Perdoar é o ato mais corajoso que conheço. Nada nos faz tão grandes como saber perdoar as maiores decepções e entender que perdoar é tão necessário quanto ser perdoado.

Pedir perdão é tão difícil quanto perdoar. É preciso deixar a dor de lado, ter coragem para reconhecer os erros e “fazer as pazes” com o outro.

Eu gosto das pessoas que entendem que é preciso pagar um preço pelo nosso bem-estar e muitas vezes isso implica perdoar, esquecer e “deixar ir a dor”.

Acredito que o meu comportamento nem sempre passe pelo filtro do certo e do errado, e isso me permite errar.

Porque o perdão é necessário?

A sinceridade é benéfica em todos os relacionamentos, principalmente quando se trata de nós mesmos. Seja honesto e perdoe sinceramente; o perdão traz muitos benefícios.

– Muitas pessoas não acreditam nisso, mas não perdoar prejudica a nós mesmos.

– Perdoar melhora a saúde, reduz o estresse e previne doenças cardíacas.

– O perdão liberta e cura: as pessoas mudam, o tempo passa e ninguém é perfeito. Quando entendemos isso, saímos das situações que nos mantêm presos. Perdoar significa entender que todos nós podemos errar.

“Perdoar não é esquecer, mas recordar sem sofrer”. – Anônimo

Fonte: Antroposofy

Construção

Durante a nossa vida causamos transtornos na vida de muitas pessoas, porque somos imperfeitos. Nas esquinas da vida, pronunciamos palavras inadequadas, falamos sem necessidade, incomodamos. Nas relações mais próximas, agredimos sem intenção ou intencionalmente. Mas agredimos.

Não respeitamos o tempo do outro, a história do outro. Parece que o mundo gira em torno dos nossos desejos e o outro é apenas um detalhe. E, assim, vamos causando transtornos.

Esses transtornos tantos mostram que não estamos prontos, mas em construção. Tijolo a tijolo, o templo da nossa história vai ganhando forma.

O outro também está em construção e também causa transtornos. E, às vezes, um tijolo cai e nos machuca. Outras vezes, é o cal ou o cimento que suja nosso rosto. E quando não é um, é outro. E o tempo todo nós temos que nos limpar e cuidar das feridas, assim como os outros que convivem conosco também têm de fazer.

Os erros dos outros, os meus erros. Os meus erros, os erros dos outros.Esta é uma conclusão essencial: todas as pessoas erram. A partir dessa conclusão, chegamos a uma necessidade humana e cristã: o perdão.

Perdoar é cuidar das feridas e sujeiras. É compreender que os transtornos são muitas vezes involuntários. Que os erros dos outros são semelhantes aos meus erros e que, como caminhantes de uma jornada, é preciso olhar adiante. Se nos preocupamos com o que passou, com a poeira, com o tijolo caído, o horizonte deixará de ser contemplado. E será um desperdício.

O convite que faço é que você experimente a beleza do perdão. É um banho na alma! Deixa leve! Se eu errei, se eu o magoei, se eu o julguei mal, desculpe-me por todos esses transtornos…Estou em construção!

Gabriel Chalita

Recesso anual

As giras de sábado estarão em recesso nos dias 27 de fevereiro e 5 e 12 de março de 2016.

Final de ano

A Casa não funcionará do dia 21/12/2015 até 05/01/2016 devido ao recesso de final de ano. Feliz Natal!

Recesso anual

As giras de sexta estarão em recesso nos dias 7, 14, 21 e 28 de agosto de 2015.

Recesso anual

As giras de quarta estarão em recesso nos dias 1, 8, 15 e 22 de julho de 2015.

Recesso anual

As giras de sábado estarão em recesso nos dias 14, 21 e 28 de março de 2015.

Preparação

Orientações aos assistentes que comparecem à gira, à consulta, à terapia do passe e ao desenvolvimento espiritual:

No dia em que for comparecer à gira, assim como no dia anterior, faça um bom preparo.

Evite atritos, desentendimentos, irritações e agressividade. Coração conturbado e mente perturbada são “veias difíceis” na transfusão magnética e “portas fechadas” para o amor e a fraternidade.

A alimentação deve ser leve e saudável, evitando o sono que advém quando sobrecarregamos o estômago.

Procure dormir o tempo necessário para o refazimento das energias despendidas.

É importante acompanhar as leituras doutrinárias que antecedem à gira, nas quais colhemos orientações preciosas.

Traje roupas adequadas ao ambiente, confortáveis, que não exponham o corpo. Observe a pontualidade, porquanto a consulta é o complemento da ajuda que começamos a receber, tão logo chegamos ao Terreiro. Paciente atrasado prejudica sua terapia.

Enquanto permanecer em nosso ambiente, fuja de conversas vazias, que não condizem com os objetivos da reunião e dos trabalhos.

Quando necessário, fale em voz baixa e pausada mantendo o respeito dentro de nossa Casa. Lembre-se de que a prece é a porta de entrada para o Mundo Espiritual.

A leitura, com mensagem espiritualista, normalmente realizada no início dos trabalhos, é um convite para que nos disponhamos a meditar em torno de um tema edificante, guardando valioso silêncio.

Durante a consulta, não tome o tempo dos guias com conversas vazias. Preste atenção nas orientações recebidas, seja sincero, objetivo e delicado. Desenvolva a sua fé. Para receber a caridade, é preciso humildade.

Esteja consciente de que a ajuda maior que venha a receber, virá do Céu.

Quando nossas palavras e preces fluem do coração, refluem as bênçãos de Deus.