Chacras, também conhecidos pela grafia chakras, segundo a cultura hindu, yogue e estudos do ocultismo, teosofia e conscienciologia, são centros de absorção, exteriorização e administração de energias no duplo etérico. Os chacras são estudados por diversas religiões, escolas espirituais e pesquisadores da área espiritualista e existem alguns consensos acerca de suas funções, formas e funcionamento dentre estes envolvidos.

É fundamental entender que chacras são estruturas estudadas por diversas linhas religiosas e espiritualistas. Desta forma, existem informações muito variadas e algumas dessas informações divergem dentro destas variadas linhas de estudo assim como algumas informações convergem para um consenso ainda que, por vezes, tenham terminologias diferentes.

Chakra (चक्र) originaria do sânscrito, vinda de cakraṃ (pronunciado [tʃəkrə]) em Pali, referenciada em chinês tibetano: Chakka; com significado “roda”, “giro” ou cíclico, é descrito por muitos como uma roda de fiar a luz.

Absorção
É considerado que os chacras têm entre as suas funções a absorção de energias do ambiente onde se encontra. Essas energias podem ser divididas em duas categorias: processadas e não-processadas (essas últimas também sendo conhecidas como bioenergias).Entre as não-processadas estaria a energia imanente (também conhecida como prana ou qi) e telúricas (kundalini), já entre as processadas estariam as energias conscienciais, que são as energias não-processadas que foram absorvidas por alguma consciência, processadas e exteriorizadas no ambiente.

Em 1927, um escritor teosofista autodeclarado como clarividente chamado Charles Webster Leadbeater propôs ainda uma terceira forma de energia não processada que seria absorvida pelos chacras a qual chamou de glóbulos de vitalidade.[4] Esta teoria, porém, não é um consenso entre as escolas espirituais.

Processamento
Outra função dos chacras seria a administração e processamento das energias absorvidas. Pouco se sabe sobre as minúcias deste processamento, mas acredita-se que uma das principais funções seja a vitalização que permite à consciência a animação do corpo físico para se manifestar. Outra forma de processamento seria uma espécie de tradução de algo absorvido do extrafísico para as capacidades sensoriais do indivíduo, assim como as ondas mecânicas que atingem os ouvidos são interpretadas como som pelo nosso cérebro quando dentro das frequências audíveis (20Hz a 20KHz) .

Esse processamento das energias do ambiente em forma de tradução permitiria também a sensitivos experienciar sensações diversas e capacidades anímicas como percepções advindas do acoplamento áurico, onde o sensitivo experienciaria as sensações emocionais de outrém[5] (conhecido popularmente por uma capacidade dos chamados empatas[6]) e o que se denominou na parapsicologia de psicometria, por exemplo, onde o sensitivo teria a percepção de energias conscienciais impregnadas a objetos[7]. Não confundir este último com a psicometria da psicologia que é um conjunto de métodos quantitativos de análise nessa área.

Neste processamento existiria a contaminação natural das energias não processadas pelo duplo etérico do indivíduo de forma semelhante a como a água pura em contato com a terra gera lama. Assim, a energia não processada seria contaminada após passar pelo duplo etérico de um indivíduo com emoções diversas, emoções essas que seriam a origem de tal contaminação, configurando-as após esse processo como energias conscienciais.

Desta forma, existiriam dois tipos de processamento conhecidos até agora feitos pelos chacras: o de vitalização e o de tradução.

Exteriorização
É considerado que alguma parte das energias que circulam no duplo etérico que já passaram por processamento são exteriorizadas formando um campo energético (também conhecido como campo áurico, aura, energossoma, entre outros) ao redor do corpo físico, embora não sejam limitadas somente a esse campo, podendo ser expelidas fora dos limites deste. Essa exteriorização seria a das chamadas energias conscienciais que carregariam consigo diferentes gamas de emoções e sentimentos provenientes do duplo etérico pelo qual passou no momento em que foi exteriorizada.

Chacra Básico (genésico)

(também conhecido como Chacra Raiz ou Chacra Base)

Nome em sânscrito: Muladhara (“Raiz de Suporte “).

Mantra: Lam.

Setores circulares (raios ou pétalas): 4.

Localização: Região do períneo.

Cor simbólica: Vermelho.

primeiro chacra (básico) é o único voltado em direção ao solo. Alguns pesquisadores o relacionam com as glândulas suprarrenais. Acredita-se que ele administre os instintos primitivos, impulsos de sobrevivência, e ser por onde entra a energia telúrica (ou kundalini). Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar a presença de dependência química a drogas ou outras substâncias.

Chacra Esplênico

Representação simbólica do Swadhisthana chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Swadhistana (“Fundamento de si próprio”)

Mantra: Vam.

Setores circulares (raios ou pétalas): 6.

Localização: Região do baço.

Cor simbólica: Laranja.

segundo chacra (esplênico), é muitas vezes relacionado com o baço. Acredita-se que ele administre a vitalidade proveniente das bioenergias bem como seja responsável por alguns estímulos como medo, ansiedade e reações à situações estressantes. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças relacionadas ao sistema imunológico e psicopatologias.

Chacra Umbilical (gástrico)

Representação simbólica do Manipura chacra. Não condiz com aparência real.

(não confundir com plexo solar, uma terminação nervosa da região estomacal conhecida pela medicina)

Nome em sânscrito: Manipura (“Cidade das Jóias”)

Mantra: Ram.

Setores circulares (raios ou pétalas): 10.

Localização: Aproximadamente dois dedos acima do umbigo.

Cor simbólica: Amarelo.

O terceiro chacra (umbilical) é o último de cima para baixo considerado como estando no grupo dos chacras reativos, que são sensíveis à estímulos exteriores e passíveis de reações imediatas de intensidades variadas. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula pâncreas. Acredita-se que ele auxilie no processo digestivo e de distribuição de nutrientes bem como seja responsável por estímulos como a euforia (positiva ou negativa) e características como o narcisismo. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças gastrointestinais.

Chacra Cardíaco

Representação simbólica do Anahata chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Anahata (“Invicto”; “Inviolado”)

Mantra: Yam.

Setores circulares (raios ou pétalas): 12.

Localização: Região do coração.

Cor simbólica: Verde.

quarto chacra (cardíaco) é algumas vezes citado como o ponto de encontro entre as energias telúricas (kundalini) absorvidas pelo chacra básico e as energias imanentes (prana ou qi) absorvidas pelo chacra coronário, porém isso não é um consenso entre as diferentes linhas de estudo. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula timo.[8] Acredita-se que ele seja responsável pelo potencial para o amor altruísta e que fique em maior atividade em momentos de benquerença e ternura incondicional. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças cardíacas ou respiratórias.

Chacra Laríngeo

Representação simbólica do Visuddha chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Visuddha (“O purificador”)

Mantra: Ham.

Setores circulares (raios ou pétalas): 16.

Localização: Região da laringe.

Cor simbólica: Azul claro.

quinto chacra é o laríngeo. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula tireóide. Acredita-se, geralmente, que ele esteja relacionado principalmente com as capacidades comunicativas e irrigação energética do aparelho fonador. Acredita-se também que quando está enfraquecido pode indicar doenças hormonais relacionadas à tireoide, bem como inflamações na região da garganta.

Chacra Frontal

Representação simbólica do Ajña chacra. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Ajña (“O Centro de comando”)

Mantra: Om.

Setores circulares (raios ou pétalas): 96 (2 grupos de 48).

Localização: Região inferior da testa, um pouco acima do espaço entre as sobrancelhas.

Cor simbólica: Azul Índigo.

sexto chacra tem em algumas culturas do oriente que foram posteriormente difundidas no ocidente a contagem de seus raios apenas considerando seus grupos, que são dois, e podem aparecer em alguns materiais desta procedência de tal forma. Também é conhecido como “terceiro olho” na tradição hinduísta. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula hipófise (ou pituitária). Considera-se que ele esteja ligado às capacidades de concentração, cognição, bem como as capacidades anímicas como a clarividência e a percepção sutil. Acredita-se que ele esteja em maior atividade quando em momentos de serenidade, silêncio interno, meditação, estudo, leitura e de ímpetos de colaboração. Acredita-se também que quando bem desenvolvido, pode indicar uma alta sensibilidade e percepção energética, bem como a presença de capacidades anímicas.

Chacra Coronário

Representação simbólica do Sahasrara padma. Não condiz com aparência real.

Nome em sânscrito: Sahasrara (“O Lótus das mil pétalas”)

Mantra: Aum.

Setores circulares (raios ou pétalas): 972 (um grupo de 960 e outro central de 12).

Localização: Região central do topo da cabeça.

Cor simbólica: Violeta e Branco.

sétimo chacra (coronário) é considerado como a porta de entrada da energia imanente. É conhecido também como o como chacra da coroa ou o lótus das mil pétalas e é representado na tradição indiana por uma flor-de-lótus de mil pétalas na cor violeta. Alguns pesquisadores o relacionam com a glândula epífise (ou pineal). Considera-se como sendo relacionado com a capacidade de estabilidade absoluta, sintonia com pensamentos mais sutis como o de fraternidade generalizada e ainda tendo relação com fenômenos mediúnicos como a psicofonia e a psicografia e anímicos como a projeção da consciência.

Fonte: Wikipedia

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